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Grandes Brasileiros: VW 1600 TL 4 portas

Notório por conciliar beleza e praticidade, o VW 1600 TL 4 portas foi um dos modelos mais ousados da primeira fase da marca alemã

Por Felipe Bitu
Atualizado em 23 mar 2018, 16h59 - Publicado em 10 out 2017, 19h58
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  • Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    O design do VW era exclusivo para o mercado brasileiro (Xico Buny/Quatro Rodas)

    Lançado em 1970, o cupê TL (Turismo Luxo) logo tornou-se um dos maiores sucessos da Volkswagen no Brasil. Desenvolvido por Marcio Lima Piancastelli e José Vicente “Jota” Novita Martins, o “modelo 107” foi o primeiro do departamento de estilo da VW, iniciativa do então presidente Rudolf Leiding.

    O TL era o terceiro e último membro da família 1600, apresentada em 1968 com o modelo homônimo (sedã de quatro portas) e complementada em 1969 com a 1600 Variant (perua). Eram equivalentes ao modelo Tipo 3 alemão, mas com um desenho exclusivo local.

    Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    VW 1600 TL sem a tampa que abre o vidro, como na Variant (Xico Buny/Quatro Rodas)

    Inspirados no projeto EA97, descartado na Alemanha e aproveitado aqui. Sóbrio demais, o sedã de quatro portas 1600 acabou ofuscado pelos irmãos mais novos e por rivais mais bonitos, como o Ford Corcel.

    Deixou de ser produzido em 1971, após 38.028 unidades em pouco mais de dois anos. Apesar disso, continuou o favorito dos taxistas, graças à robustez, ao baixo custo operacional e à praticidade das duas portas extras.

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    Já os outros dois, Variant e TL, mostravam que seguiram a trilha de sucesso do Fusca. Para manter o interesse do público, eles foram reestilizados em março de 1971. A enorme aceitação fez a Volkswagen antecipar a produção da linha 1972 para junho.

    Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    Painel do VW 1600 TL era revestido em madeira (Xico Buny/Quatro Rodas)

    A maior novidade, porém, era o “modelo 109”, um TL de quatro portas. “Entre sem pedir licença”, dizia a publicidade da época, ratificando que a praticidade do sedã 1600 estava de volta em um formato mais belo e racional, capaz de agradar não apenas os taxistas como também as famílias em busca de melhor espaço interno.

    Esse critério funcional é facilmente compreendido quando comparamos o interior dos dois modelos: o caráter utilitário da Variant era reforçado pelo banco traseiro estreito e com encosto quase vertical.

    Essa configuração favorecia o volume do porta-malas possibilitado pela terceira porta, tornando a perua ideal para uma família com crianças pequenas.

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    Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    No centro do volante há um relógio como acessório (Xico Buny/Quatro Rodas)

    No caso do TL, acomodava três adultos atrás, que viajavam com maior conforto devido aos 5 cm a mais para as pernas e encosto traseiro em posição mais relaxada, diminuindo a chance de baterem com a cabeça no teto. A pequena dimensão das portas traseiras era compensada pelo bom ângulo de abertura.

    O maior conforto não prejudicava a capacidade de carga. Limitado pelas caixas de roda e pelo tanque, o porta-malas dianteiro comportava 267 litros.

    O traseiro levava 344 litros, beneficiando-se do bom aproveitamento de espaço proporcionado pelo ruidoso motor boxer a ar de 1,6 litro.

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    O problema sonoro era agravado pela admissão dos carburadores e amplificado pela localização, logo atrás do banco traseiro.

    Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    Lanternas do VW 1600 Tl eram as mesmas da Variant (Xico Buny/Quatro Rodas)

    Compacto, o motor era notável pelo alto torque e bom rendimento: “O consumo oscila entre 8 km/l na cidade e 12 na estrada”, conta Nicola Labate, dono do TL modelo 1972 que ilustra a reportagem.

    O comportamento dinâmico previsível era outra vantagem do TL: subesterçante, mas com tendência ao sobresterço no limite da aderência, quase neutro para um automóvel de tração traseira.

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    A dirigibilidade era favorecida pela direção leve e precisa e pelo câmbio de quatro marchas, com engates curtos e rápidos.

    Clássicos: VW 1600 TL 4 portas
    Entradas de ar laterais para admitir o ar do motor traseiro (Xico Buny/Quatro Rodas)

    O modelo 1973 recebeu saídas de ar nas colunas traseiras e passou a ser oferecido em duas faixas de preço, chamadas informalmente “standard” e “luxo”, esta última facilmente identificada pelas lanternas traseiras duplas.

    Entre os opcionais, estavam pintura metálica e estofamento nas cores areia, castor e vermelho (além do tradicional preto).

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    Mas a concorrência interna afetou o TL, com a espaçosa Brasília em 1973 e o moderno Passat em 1974. Mais rápido, veloz e estável, o novo VW refrigerado a água ganhou carroceria de quatro portas em 1975, encerrando de vez a carreira do TL.

    Ficha técnica – VW 1600 TL 4 portas

    Motor: longitudinal, 4 cilindros, opostos, 1584 cm³, comando de válvulas simples no bloco, alimentação por dois carburadores
    Potência: 65 cv a 4.600 rpm
    Torque: 12 mkgf a 3.000 rpm
    Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
    Dimensões: comprimento, 432 cm; largura, 168 cm; altura, 143 cm; entre-eixos, 240 cm; peso, 945 kg
    Pneus: 165 x 38

    Teste QUATRO RODAS – julho de 1971

    Aceleração de 0 a 100 km/h: 20,9 s
    Velocidade máxima: 137,4 km/h
    Consumo: 8,9 km/l (média)
    Preço (junho de 1971): Cr$ 19.400
    Preço (atualizado IGP-DI): R$ 89.000

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