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Grandes brasileiros: o repaginado Dodge Gran Coupe

O novo integrante da família Dart ganhou luxo e sofisticação para estrelar nas principais rodas sociais do país

Por Felipe Bitu
Atualizado em 4 Maio 2018, 11h10 - Publicado em 3 Maio 2018, 21h28
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  • Dodge Gran Coupe
    Já sem o nome Dart, a Gran Coupe era a versão mais luxuosa da Dodge (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A adequação dos trajes é uma das principais normas de etiqueta da alta sociedade.

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    Seu descumprimento é considerado uma grave quebra de protocolo. A mesma tradição valia para o mundo dos automóveis.

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    Em 1970, quando o Dodge Dart cupê foi apresentado oficialmente no Santapaula Iate Clube, tradicional refúgio da elite paulistana, muitos notaram que o primeiro hardtop (sem coluna central) nacional exibia um visual um tanto despojado.

    Com acabamento apenas satisfatório, o Dart De Luxo acabou sendo maliciosamente apelidado de Dart Sem Luxo.

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    Dodge Gran Coupe
    Mais esportiva, a frente com grade que cobrimos faróis surgiu na linha 1975 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Para esses consumidores, seu motor V8 de 5,2 litros e 198 cv era apenas uma brutalidade vulgar sem classe alguma.

    Nem mesmo o conforto da direção hidráulica, câmbio automático e ar-condicionado (opcionais) bastaram: muitos migraram para o agressivo Charger R/T, que além dos bancos de couro podia ser adquirido em cores mais discretas que os tons de verde e amarelo.

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    Como se quisesse apagar o vexame da estreia, o Gran Coupe foi apresentado na linha 1973 – nem o nome Dart ele usava.

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    Era caracterizado pela nova identidade dos Dodges, com grade de plástico e lanternas traseiras de lente única.

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    Dodge Gran Coupe
    Câmbio automático, direção hidráulica, ar e painel que imita madeira: um luxo só (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Um luxo sóbrio e refinado, com teto de vinil delimitado por frisos, calotas integrais e um painel na parte inferior da tampa do porta-malas.

    Os emblemas eram de uma versão homônima do Plymouth Fury americano.

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    O acabamento interno combinava estofamento em jersey, apliques no painel imitando cerejeira e laterais de porta com detalhes em baixo-relevo.

    Dodge Gran Coupe
    Pneus com faixa branca levam requinte ao carro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O resto era opcional: freio dianteiro a disco, direção hidráulica, ar-condicionado, câmbio automático, cintos de três pontos, pisca-alerta e luzes de cortesia adicionais (porta-malas, motor, porta-luvas e cinzeiro). 

    A pintura metálica também era opcional, mas qualquer cor era obrigatoriamente sóbria, como tons de branco, marrom, vermelho e azul. Um Gran Coupe preto só era vendido sob encomenda.

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    Outro detalhe interessante era a alavanca do câmbio automático, com posições traduzidas para o português: E-R-N-D-2-1.

    Dodge Gran Coupe
    E (estacionar) no fica no lugar de P (parking) (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Os maiores rivais eram o Chevrolet Opala Gran Luxo e o recém-lançado Ford Maverick Super Luxo V8.

    Com motores de grande cilindrada, todos foram afetados pela alta da gasolina –  consequência da crise energética provocada pelos conflitos bélicos que eclodiram no Oriente Médio no final de 1973.

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    Mas o modelo 1974 trouxe o Fuel Pacer System, dispositivo que acendia o pisca no para-lama dianteiro esquerdo sempre que o motorista pisasse demais no acelerador. Funcionava como um vacuômetro, induzindo uma condução suave capaz de reduzir o consumo rodoviário em 16,3% e o urbano em 25,6%.

    Dodge Gran Coupe
    O V8 era o do Dart (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A mudança mais radical do Gran Coupe ocorreu na linha 1975, que adotou a dianteira fechada do Charger. Os faróis ocultos deram um visual sinistro ao cupê de luxo da Dodge, que também recebeu a ignição eletrônica.

    É o caso deste exemplar que pertence ao colecionador paulistano Alexandre Badolato. “Apenas 282 unidades foram produzidas em 1975, seu último ano. Esta é ainda mais rara por ser completa, já que a maioria não tinha câmbio automático ou ar-condicionado. Nunca foi restaurado e mesmo após mais de 40 anos continua sendo um automóvel confiável e confortável para quem deseja usá-lo no dia a dia.”

    Dodge Gran Coupe
    Luxo nos detalhes: o brasão na porta mostra requinte e sofisticação (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    No total, 2.283 Gran Coupe saíram da fábrica no km 23 da Via Anchieta, em São Paulo. A grande queda na procura pelos V8 forçou a Chrysler a enxugar a oferta de modelos em 1976, quando o Charger R/T voltou a ocupar a posição de cupê mais luxuoso da família, sendo substituído pelo cupê Magnum na linha 1979.

    Dodge Gran Coupe
    Opcional, o teto de vinil tinha um desenho exclusivo no Gran Coupe (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Teste QUATRO RODAS – Dezembro de 1973

    Ficha técnica – Dodge Gran Coupe 1975

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