A General Motors anunciou na última terça (25), em um comunicado aos funcionários, que paralisará toda a produção na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, durante seis semanas. O motivo seria a falta de peças, como os semicondutores eletrônicos, e a adequação das linhas de montagem para a produção de uma nova picape, confirmada no último dia 10.
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Segundo a agência Broadcast Estadão, a paralisação total está prevista para começar no dia 21 de junho e, o retorno, no dia 2 de agosto. Antes disso, já na próxima segunda-feira (31), o turno da noite será paralisado, mantendo-se apenas os setores de funilaria e pintura. De acordo com a reportagem, na última quarta (26) os funcionários votaram de maneira online a proposta de suspensão de contratos negociada entre empresa e sindicato. O resultado da votação ainda não foi divulgado.
Em nota, a GM confirmou a paralisação dizendo que a fábrica começará a ser preparada para a chegada da nova picape, e que “as readequações necessárias na linha de montagem, decorrentes deste processo, vão impactar temporariamente a produção”. A empresa também afirmou que negocia com o sindicato “medidas de suspensão temporária do contrato de trabalho”, já que o abastecimento de suprimentos segue impactado.
A fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde a empresa produz o Onix e o Onix Plus, também foi afetada pela falta de peças, neste caso de semicondutores. Parada desde março, o retorno dos funcionários, que estava previsto para o início de julho, foi adiado para o dia 19 do mesmo mês. Já a planta de São José dos Campos (SP), onde são produzidas a S10 e a TrailBlazer, teve o segundo turno retomado no último dia 10.
Veja a nota da GM na íntegra:
“Conforme anunciamos recentemente, a fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) vai começar a ser preparada para receber um novo produto que completará a linha de picapes Chevrolet no futuro, dentro do novo plano de investimentos de R$ 10 bilhões. As readequações necessárias na linha de montagem, decorrentes deste processo, vão impactar temporariamente a produção. Considerando a dinâmica dos impactos da pandemia na cadeia de suprimentos, que permanece, e o objetivo de manter empregos, negociamos com o sindicato medidas de suspensão temporária do contrato de trabalho.”