Fiat Titano 2026 tem 200 cv, nova suspensão e está até R$ 26.000 mais cara
Agora produzida na Argentina, picape média da Fiat ainda recebe mais equipamentos de segurança, novo câmbio e nova tração

Revelada no começo de maio, a Fiat Titano 2026 teve todos os detalhes apresentados pela fabricante italiana, inclusive o preço e a data de início das vendas no Brasil. Produzida na Argentina, a picape iniciará a pré-venda em junho, agora com preços que parten de R$ 233.990 e e podem chegar a R$ 285.990 na versão topo de linha.
A fabricação da Titano foi transferida a linha terceirizada no Uruguai para a fábrica da própria Stellantis em Córdoba (Argentina), que também produz o sedã Cronos. Além disto permitir elevar o volume de produção, também dará espaço para a montagem de mais uma picape média, a futura Ram 1200, baseada no modelo da Fiat.

Todas as mudanças feitas tiveram um custo bem alto. Antes partindo de R$ 219.990 na versão Endurance manual, a Titano 2026 agora tem preço inicial de R$ 233.990, um aumento de R$ 14.000. A configuração intermediária Volcano foi de R$ 239.990 para R$ 263.990, R$ 24.000 a mais. No topo da linha está a Ranch, R$ 26.000 mais cara, elevando o valor de R$ 259.990 para R$ 285.990.
Preços da Fiat Titano 2026:
- Fiat Titano Endurance MT – R$ 233.990,00
- Fiat Titano Volcano AT – R$ 263.990,00
- Fiat Titano Ranch AT – R$ 285.990,00
A Fiat aproveitou o momento para mexer consideravelmente na picape. Para começar, tirou de linha o motor 2.2 BlueHDi turbodiesel de 180 cv e 40,8 kgfm, que era compartilhado com a Ducato e a linha de vans da Peugeot e Citroën.
No seu lugar entre o 2.2 turbodiesel da família Multijet, o mesmo da Ram Rampage, Fiat Toro e os Jeep Compass e Commander. É mais eficiente, entregando 200 cv e 45,9 kgfm, uma diferença de 20 cv e 5,1 kgfm. Para lidar melhor com este motor, a transmissão automática de seis marchas foi substituída por uma caixa de oito posições.

De acordo com a Fiat, isto melhorou consideravelmente o desempenho da Titano em todos os aspectos. A aceleração de 0 a 100 km/h baixou de 12,4 s para 9,9 s. O consumo também melhorou, indo de 8,5 km/l para 9,9 km/l na cidade, enquanto na estrada o rendimento foi de 9,2 km/l para 10,8 km/l.
Um dos pontos mais criticados da picape, a suspensão foi retrabalhada, recebendo uma calibração para melhorar a estabilidade e reduzir o balanço da carroceria em terrenos irregulares. A direção agora é elétrica, outra forma de aumentar o conforto e reduzir o consumo de combustível.
O sistema de freios foi revisado, adotando discos nas quatro rodas. Até a tração foi modificada, agora com um sistema de tração integral permanente, com a possibilidade de escolher entre tração traseira ou integral.

O pacote tecnológico foi atualizado com a adição de um novo painel de instrumentos de 7” para a versão Ranch e algumas melhorias no software da central multimídia, que além de ganhar conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, ainda reebeu opções de personalização da tela inicial.
A versão topo de linha Ranch recebeu um pacote ADAS com frenagem automática de emergência, monitor de ponto cego e piloto automático adaptativo. As demais configurações seguem com seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de descida e monitoramento de pressão dos pneus. O freio de estacionamento agora é eletrônico.

Visualmente, as mudanças são bem discretas. A alavanca do câmbio é nova, do tipo manche, e a parte dianteira da picape está com um skidplate em nova cor. A Titano Ranch 2-26 ainda tem o pequeno retângulo no para-choque para proteger os sensores do piloto automático adaptativo.
Com as mudanças, a Fiat Titano perde a vantagem de ser muito mais barata do que as rivais na mesma categoria. Por outro lado, o novo motor e a adição de equipamentos fará com que fique mais interessante no custo-benefício. Seu desempenho tem sido mediano, emplacando 3.159 unidades de janeiro a abril, o que a coloca na quinta colocação do segmento, acima da Mitsubishi L200 e Volkswagen Amarok.