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Ferrari é acusada de permitir fraude de odômetros de usados

Modelos da marca tinham suas quilometragens reduzidas ou até zeradas para melhor revenda

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 mar 2017, 13h59 - Publicado em 3 mar 2017, 13h35
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  • Painel de instrumentos da LaFerrari
    Painel de instrumentos da LaFerrari ()

    Aparentemente inabalável, a reputação da Ferrari pode estar prestes a sofrer um escândalo. De acordo com uma denúncia feita por um antigo vendedor da marca nos Estados Unidos e publicada no Daily Mail, alguns veículos tiveram seus odômetros digitais adulterados. O mais grave: o ex-funcionário afirma que a fabricante italiana sempre soube e autorizou o procedimento ilegal.

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    Após ser demitido sem justificativas plausíveis – apesar da suspeita de relação com sua idade (ele foi substituído pela namorada do gerente, mais jovem) e denúncias iniciais sobre o esquema –, Robert Bud Root resolveu entregar o caso à imprensa e à justiça.

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    Segundo Root, a loja da Ferrari em Palm Beach (na Flórida) promovia adulterações para aumentar o valor de revenda dos carros. Em alguns casos, a redução de quilometragem chegava a zero, como se o veículo estivesse acabado de sair da fábrica – algo que, segundo o Daily Mail, poderia valorizar uma LaFerrari em até 1 milhão de dólares.

    O procedimento seria feito pelo Ferrari DEIS Tester, um equipamento utilizado para fornecer diagnósticos sobre os veículos. Como parte do processo, um servidor online da própria Ferrari é contatado para autorizar a realização de qualquer função do dispositivo – incluindo a alteração de odômetros.

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    Root afirma que a própria Ferrari capacita os mecânicos a modificar a quilometragem exibida, algo que poderia ser justificado apenas em caso de instalação de um painel usado em um modelo novo – e vice-versa.

    Ferrari LaFerrari
    Ferrari LaFerrari (Divulgação/)

    O principal caso relatado no processo envolve C. Stephen McMillian, ex-CEO da rede de restaurantes Sara Lee. Root afirma que McMillian pagou para que os funcionários da loja realizassem o procedimento em sua LaFerrari 2015, que voltou a ser zero quilômetro e teve seu valor de revenda supervalorizado.

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    Tudo isso teria sido realizado na casa do cliente – e, para a retirada do aparelho da concessionária, mais uma autorização teria de ser expedida pela Ferrari.

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    Com isso, o caso tornou-se uma bola de neve, envolvendo funcionários, técnicos, gerentes, clientes e a própria Ferrari. McMillian alegou ter sido instruído a realizar o procedimento dito como legal, e processou Robert Root por calúnia e tentativa de interferir em uma negociação vantajosa.

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    A concessionária da Ferrari, por seu lado, afirma através de seu advogado que as denúncias são infundadas e que tudo será esclarecido nos tribunais.

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