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Europa deixará de ter caminhões a diesel novos em 2040

A ousada meta foi endossada por cientistas e executivos, que pediram ajuda política na missão

Por Eduardo Passos
Atualizado em 16 dez 2020, 20h44 - Publicado em 16 dez 2020, 19h39
Em 2040 um caminhão desse, na Europa, será movido a eletricidade ou hidrogênio
Em 2040 um caminhão desse, na Europa, será movido a eletricidade ou hidrogênio (Krzysztof Kowalik/Unsplash)

Em um movimento ousado, fabricantes e climatologistas europeus decidiram que, até 2040, todos os caminhões novos vendidos por lá não usarão combustíveis fósseis, anunciou a Associação Europeia de Fabricantes Automotivos (Acea).

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A iniciativa faz parte dos esforços da Europa em neutralizar, até 2050, sua emissão veicular de carbono. Desse modo, a Acea se uniu ao Instituto Potsdam para Pesquisas de Impactos no Clima (IPK) e traçou o cronograma mais breve possível à tarefa.

Missão difícil

A associação reconheceu a dificuldade da meta, e ressaltou que seu sucesso passa, principalmente, pela difusão de eletropostos e de veículos de carga elétricos com preços acessíveis aos transportadores. 

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Além disso, a mudança deve ocorrer simultaneamente em todos os elos da cadeia: de ¾ urbanos a bi-trens, passando pelo transporte público. “A transição começa hoje, em 2020”, destacou o manifesto conjunto da Acea e do IPK.

O documento destaca a necessidade de investir em outras fontes de combustível além da eletricidade, como nos caminhões movidos a hidrogênio. Isso porque há preocupação com pontos de recarga de veículos elétricos, pouco disseminados, e com tempo de abastecimento pouco competitivo. 

A Mercedes pretende introduzir seu GenH2, movido a hidrogênio, até 2024
A Mercedes pretende introduzir seu GenH2, movido a hidrogênio, até 2024 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Incentivo no bolso

Um ponto interessante no manifesto é a confissão de que, ao menos que haja incentivos fiscais, os caminhões elétricos jamais serão economicamente melhores que as opções a diesel. “A Ciência e os fabricantes de caminhões concordam que o preço do carbono deve subir a níveis muito maiores que os atuais se quisermos trazer o setor […] à neutralidade (…)”.

O documento, assinado por presidentes de empresas como Volvo, Scania, MAN e Ford Caminhões, ainda faz pressão política, sugerindo benefícios fiscais aos elétricos e taxação sobre outras fontes de energia. As opções dadas vão desde a inclusão do transporte rodoviário no sistema de créditos de carbono a simples aumento tributário. “Todas as opções políticas devem ser consideradas pelos legisladores”, reforça.

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Esforço conjunto

A iniciativa dos transportadores é só mais uma do grande esforço europeu em reduzir sua emissão de poluentes. Recentemente a União Europeia concordou em reduzir, até 2030, suas emissões de gases estufa em 55% — relativo aos níveis de 1990.

A partir de 2025 também entra em vigor a norma Euro 7, que estabelecerá novos limites de poluição à indústria automotiva leve. De tão rígida, há aqueles que apostam essa ser a ‘bala de prata’ nos motores a combustão por lá.

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