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Estes Fiat 0 km ficaram 30 anos presos na loja antes de serem vendidos

Unidades de Uno, Prêmio, Tipo, Tempra e até um Peugeot 405 e um Alfa 33 sem uso estavam abandonados numa concessionária desativada da Argentina

Por Leonardo Felix
Atualizado em 10 jul 2021, 09h15 - Publicado em 30 mar 2020, 10h47
Duas das unidades do Tipo que ficaram paradas por quase três décadas
Duas das unidades do Tipo que ficaram paradas por quase três décadas (Kaskote Calcos/Divulgação)

Quando se vai negociar um carro com bons anos de mercado, a baixa quilometragem é um diferencial na hora de precificá-lo. O que dizer, então, de um veículo que tem 30 anos de vida, mas ainda é zero-quilômetro?

É o que acontece com alguns Fiat encontrados na cidade de Avellaneda, província de Buenos Aires (Argentina).

Veja como ficou a pintura deste Uno após tanto tempo abandonado
Veja como ficou a pintura deste Uno após tanto tempo abandonado (Kaskote Calcos/Divulgação)

Só que tem um agravante: diferentemente do BMW Série 7 conservado numa bolha, eles na verdade passaram quase três décadas abandonados em uma revenda abandonada e só agora ganharam um dono.

Será que o motor deste Tempra vai funcionar após tanto tempo sem uso?
Será que o motor deste Tempra vai funcionar após tanto tempo sem uso? (Kaskote Calcos/Divulgação)

A loja em questão se chamava Ganza Sevel e era uma das mais importantes revendedoras Fiat da região até o começo dos anos 1990.

Caso o nome não lhe seja tão estranho, Sevel é uma subsidiária do grupo FCA dedicada à fabricação de automóveis, motores e componentes, que tinha uma filial na Argentina.

Um Tempra todo empoeirado antes...
Um Tempra todo empoeirado antes… (Kaskote Calcos/Divulgação)
O mesmo Tempra após passar por uma bela lavagem
O mesmo Tempra após passar por uma bela lavagem (Kaskote Calcos/Divulgação)

Sua divisão hermana foi responsável por montar e comercializar modelos de Fiat, Peugeot e Alfa Romeo no país entre 1980 e 99, além de motores.

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É por isso que muitos Fiat nacionais do período usavam um propulsor 1.6 conhecido como Sevel: tal usina vinha justamente da Sevel argentina.

Veículos foram resgatados de guincho
Veículos foram resgatados de guincho (Kaskote Calcos/Divulgação)

Mas voltemos a falar da revendedora Ganza: segundo consta, ela era uma operação relativamente grande e saudável na região até o princípio da década de 90.

Este Duna (Prêmio) também foi recuperado
Este Duna (Prêmio) também foi recuperado (Kaskote Calcos/Divulgação)

Até hoje não se sabe ao certo o motivo pelo qual ela deixou de existir, mas diz-se à boca miúda que era gerida por pai e filho e ambos morreram em um intervalo muito curto de tempo. Depois disso, ninguém da família quis seguir com o negócio.

Hodômetro deste Tipo marca apenas 75 km rodados
Hodômetro deste Tipo marca apenas 75 km rodados (Kaskote Calcos/Divulgação)

Desde então, a operação deixou de funcionar e os carros do estoque ficaram parados, juntando poeira.

As imagens divulgadas nas redes sociais mostram a presença de unidades do hatch médio Tipo, do sedã médio Tempra, dos compactos Uno e Duna (nome que o nosso Prêmio recebia no país vizinho) e até de um Peugeot 405 e de um Alfa Romeo 33 na extinta revenda.

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Havia até um Peugeot 405 no local
Havia até um Peugeot 405 no local (Kaskote Calcos/Divulgação)

As relíquias foram redescobertas por um dos herdeiros do galpão. Ele pretende vender o espaço e, para isso, achou melhor se livrar antes dos automóveis ali parados.

Como os carros ficaram fechados, cabine deste Tipo está até muito bem conservada
Como os carros ficaram fechados, cabine deste Tipo está até muito bem conservada (Kaskote Calcos/Divulgação)

Por isso mesmo, achou que o melhor fosse vendê-los e encontrou um comprador disposto a comprá-los: a Kaskote Calcos, loja de Buenos Aires especializada em comercialização de automóveis usados.

Alguns carros ainda tinham plásticos na cabine...
Alguns carros ainda tinham plásticos na cabine… (Kaskote Calcos/Divulgação)
...Ou nos bancos
…Ou nos bancos (Kaskote Calcos/Divulgação)

O valor pago por cada unidade não foi divulgado, mas foi a Kaskote quem teve a iniciativa de “dar um tapa” nos veículos e tornar a história pública.

O decalque da extinta concessionária Ganza grudado na tampa do porta-malas do Uno
O decalque da extinta concessionária Ganza grudado na tampa do porta-malas do Uno (Kaskote Calcos/Divulgação)

Funcionários da empresa estão responsáveis por lavar, tirar toda a camada de poeira e fazer os reparos mecânicos necessários para que os veículos, todos com menos de 100 km registrados no hodômetro, voltem a funcionar.

O que será feito com esses carros? Sua nova proprietária ainda não sabe. Você estaria disposto a comprar um carro com uma história peculiar dessas? Se sim, quanto pagaria?

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