Dez tradições automotivas copiadas de outras marcas
Apropriações culturais que algumas montadoras não hesitaram em fazer
Posição estratégica
Qualquer um que entrasse numa revenda Land Rover no início da década constataria um padrão da montadora: o nome da marca ou do modelo estampado no capô. Era assim com Defender, Freelander, Discovery ou Range Rover.
A Ford já havia vendido a Land Rover (junto com a Jaguar) para a indiana Tata em 2008. Mesmo assim, não teve pudores: em 2010, lançou no Brasil uma nova dianteira no EcoSport. E adivinha o que tinha no capô?
Cara de um, focinho do outro
A grade em trapézio está nos Aston Martin desde sempre. E não é que ela foi parar nos Ford a partir de 2012, via o Fusion? Era um plágio sem risco de dar problema, já que a americana havia sido dona da Aston.
Operação bancária
Nos Mercedes, os botões da regulagem dos bancos elétricos sempre ficaram nas portas, em vez de nos bancos, como é o padrão mundial. A ideia de replicar o formato dos assentos e encostos ali é tão intuitiva e genial que a Jaguar não resistiu: fez o mesmo com seu esportivo F-Type em 2013.
Ideia iluminada
A lanternas frisadas da Brasília, de 1978, são clássicas. Mas são cópia dos Mercedes do período. Aliás, a fabricante foi copiada pela mesma VW em outro item em 2002: o farol redondo do Classe E foi parar no Polo.
Buzinaço à francesa
Até os anos 90, a Peugeot cultivava a tradição de manter o comando da buzina na alavanca do pisca. Em 2000, a GM resolveu embarcar nesse galicismo e lançou no Brasil o Celta com esse recurso. Mas não durou muito: logo ela foi deslocada para o centro do volante.
Questão cambial
Ter câmbio na coluna de direção é algo bem americano. Já era assim há 60 anos. Hoje, os Mercedes ostentam a alavanca à direita, o que faz um novato acioná-la por engano ao tentar ligar o limpador de para-brisa.
A alegação é a de liberar espaço no console central para outros comandos, como os de infotainment. Mas a preferência do mercado americano certamente também pesou na escolha.
Antenado na moda
Vinda dos BMW, a antena tubarão servia para melhorar a recepção (em especial do GPS) sem comprometer a estética. A onda agradou: a GM usou no Vectra e a Hyundai, no Creta em suas versões mais caras.
Partida de esquerda
Até hoje a Porsche mantém a ignição à esquerda do volante, tradição dos carros que corriam em Le Mans para agilizar a ignição e a partida nas largadas. Mais de 50 anos depois, a ideia foi repetida pela Mitsubishi (L200 2017) e Citroën (C4 Lounge 2013) – obviamente sem as mesmas aspirações competitivas.
Câmbio, prossiga!
Quando se fala em CVT, logo se pensa num carro japonês. Por isso é de estranhar essa transmissão no Fluence. Mas há explicação: como a Renault é associada à Nissan, o sedã utiliza a mecânica do primo Sentra.
Se liga na parada!
O freio de estacionamento acionado por pedal é comum nos modelos americanos, inclusive sedãs. Será que foi pensando neles que a japonesa Toyota passou a equipar seu híbrido Prius com o mesmo sistema?
Aqui na QUATRO RODAS, todos os que dirigiram o carro pela primeira vez demoraram alguns minutos até entender como soltar o freio – fazia parte da brincadeira não avisar nem dar nenhuma instrução ao novato.