Com mudanças sutis, novo Ford Fiesta parte de R$ 56.690
Frente reestilizada e central multimídia SYNC 3 estão entre as novidades do hatch, que mantém o motor Sigma 1.6 e a caixa automatizada Powershift
A atual geração do Fiesta está no Brasil há seis anos. Lançado em 2011, o modelo passou pela primeira reestilização em 2013, justamente quando começou a ser produzido em São Bernardo do Campo (SP).
A estreia de um novo Fiesta na Europa alimentou as esperanças de que o compacto, enfim, seria renovado por aqui.
Em vez disso, a Ford decidiu fazer um novo facelift. E as mudanças foram bem sutis desta vez: os faróis ganharam novos elementos internos e a grade dianteira ganhou pequenos apliques plásticos imitando pedras preciosas. O para-choque frontal também foi repaginado e as molduras dos faróis de neblina ficaram maiores.
Nenhuma alteração foi feita nas laterais; a traseira ganhou lanternas com novas lentes apenas na versão topo de linha Titanium.
Por dentro, a principal novidade é a adoção da terceira geração da central multimídia SYNC, oferecida em modelos como Fusion e o recém-renovado EcoSport.
Além de ter tela sensível ao toque, a central oferece suporte a Android Auto e Apple CarPlay e diversos aplicativos instalados, uma grande evolução sobre a pequena central monocromática (com um confuso painel cheio de teclas) de outrora.
Para acomodar a tela de 6,5 polegadas, a Ford precisou fazer uma adaptação no local destinado ao SYNC 1 – que permanece em linha na versão de entrada SE.
O suporte para a tela, aliás, já era oferecido como acessório no New Fiesta Sedan – que, inclusive, ainda não teve seu destino definido, uma vez que é importado do México, onde o Fiesta ainda não mudou.
A Ford afirma que também fez alterações nos bancos, que ganharam capas com novo desenho, nova estrutura das espumas e reposicionamento do ângulo do apoio de cabeça.
Motores e câmbio: tudo igual
Ao invés de adotar os motores 1.5 e 2.0 do EcoSport, todas as versões do Fiesta permanecem com o Sigma 1.6 TiVCT com 125 cv e torque máximo de 15,7 mkgf a 4.250 rpm.
Criticada por problemas de durabilidade, a transmissão automatizada de dupla embreagem Powershift permanece em linha, mas sem o nome comercial pelo qual ficou famosa.
A Ford garante ter feito algumas melhorias na caixa, incluindo a alteração do material de atrito da embreagem, nova calibração do câmbio e adoção de novos retentores de borracha e de um novo módulo de controle da transmissão.
O motor 1.0 EcoBoost com injeção direta e turbocompressor agora é oferecido no pacote Style EcoBoost para a versão SEL Plus. São 125 cv e 17,4 mkgf de torque máximo com o mesmo câmbio das demais versões.
Preços e versões
A linha 2018 do Fiesta terá três versões de acabamento.
A SE Plus (R$ 56.690) vem com sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado, direção elétrica, espelhos retrovisores elétricos, computador de bordo, vidros elétricos nas portas dianteiras, suporte para cadeirinhas Isofix, faróis de neblina, banco traseiro bipartido e SYNC 1 com assistência de emergência.
São oferecidos dois pacotes de opcionais. O kit Style (R$ 2.900) acrescenta rodas de liga leve aro 16 pintadas de preto, controles de estabilidade e de tração, assistência de partida em rampas e acabamento preto na grade dianteira, capas dos espelhos retrovisores e moldura do farol de neblina.
Já o kit Plus AT (R$ 5.700) traz a transmissão automatizada de dupla embreagem, central multimídia SYNC 3 com tela de 6,5 polegadas, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, vidros elétricos nas portas de trás e fechamento automático dos vidros sincronizado com o travamento das portas.
A versão SEL 1.6 (R$ 61.090) traz todos os itens da SE mais rodas de liga leve de 15 polegadas, ar-condicionado digital, controles de estabilidade e de tração, fechamento automático dos vidros sincronizado com o travamento das portas, assistente de partida em rampas e vidros elétricos traseiros.
Se o cliente quiser a transmissão automatizada de dupla embreagem será preciso desembolsar mais R$ 4.300 pelo pacote batizado simplesmente de “AT”.
A motorização 1.0 EcoBoost agora será restrita ao pacote Style EcoBoost, vendida por mais R$ 8.700 e que inclui ainda o mesmo visual da SE Style – incluindo as rodas pretas e o acabamento de grade, espelhos retrovisores e moldura dos faróis de neblina na mesma cor.
Nesta configuração, o Fiesta sai por R$ 69.790, custando R$ 600 a mais do que o Polo Highline e R$ 4.600 a mais em relação à versão Comfortline do Volks, ambas equipadas com o motor 1.0 TSI de até 128 cv.
A versão mais cara é a Titanium (R$ 71.190), que inclui rodas de 16 polegadas, SYNC 3 com Android Auto e Apple Car Play, câmera de ré, GPS, bancos parcialmente revestidos em couro, faróis com luzes diurnas de led e lanternas com led.
O pacote Plus (R$ 4.000) acrescenta bancos revestidos em couro, 7 airbags (o Fiesta é o único modelo da categoria a oferecer esta quantidade de bolsas infláveis), partida do motor por botão, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e espelho retrovisor fotocrômico. Completo, o Fiesta Titanium Plus chega aos R$ 75.190.
A mudança na oferta do motor 1.0 EcoBoost, que deixa a versão Titanium para ficar disponível apenas no pacote Style, sugere que a estratégia anterior da Ford de atrelá-lo à configuração topo de linha não funcionou; a ideia agora parece ser atrelá-lo a um visual mais esportivo.
“As vendas do Fiesta com motor EcoBoost nunca foram muito significativas – menos de 10% do volume mensal de unidades comercializadas”, afirmou Maurício Greco, gerente geral de marketing da marca.
Tabela fixa nos serviços de pós-venda
A Ford oferece preço fixo para as três primeiras revisões (R$ 1.568 nas versões 1.6 Sigma e R$ 1.620 na 1.0 EcoBoost).
Além disso, há o pacote Ford Protect Advanced com todas as revisões até 40.000 quilômetros mais um ano de garantia extra (aumentando a garantia para quatro anos) por R$ 2.966.
Se o comprador quiser incluir todas as revisões até 50.000 quilômetros e garantia de cinco anos, a marca pede R$ 3.573 pelo pacote Ford Protect Premium.