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Chefão da Mercedes diz não estar pronto para abandonar motores V8

Caso exista demanda dos clientes, a empresa manterá os motores V8

Por Bruno dos Santos
26 set 2022, 08h00

Mesmo com a Mercedes-Benz já tendo anunciado que pretende se tornar totalmente elétrica até 2030, a AMG ainda não está preparada. Isso faz parte, além de uma ressalva feita constantemente pela marca sobre as condições de cada mercado, do desejo permanente pelos ainda vivos motores V8.

Segundo o vice-presidente de desenvolvimento de veículos da Mercedes-Benz, Joerg Bartles, em uma entrevista ao site CarSales, os motores V8 deverão estar presentes na empresa até por volta de 2030, caso os clientes queiram.

“A partir de 2030 queremos ser puramente elétricos”, continuou Bartles. Porém, o executivo ponderou dizendo que “se ainda houver uma demanda de clientes por motores V8 a gasolina em algumas regiões, por que devemos parar?”.

TecDAY AMG Future of Driving Performance Eigenständige E PERFORMANCE Antriebsstrategie für Performance-Hybride TecDAY AMG Future of Driving PerformanceIndependent E PERFORMANCE drivetrain strategy for performance hybrids — “Me vê um V8, dois turbos e um motor elétrico, por favor. Estou com pressa” (Divulgação/Mercedes-Benz)

Quando a Mercedes fala em seu plano de eletrificação até 2023 sempre há uma ressalva de “onde as condições do mercado permitirem”. Pelo jeito as demandas de V8 de alta performance da AMG permanecem altas. Segundo o vice-presidente, os regulamentos da CarSales sugerirão por quanto tempo e onde os V8 ainda serão vendidos.

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Além disso, ele também disse que os regulamentos da Europa podem dificultar a manutenção dos V8 lá, porém, os regulamentos finais de emissões do Euro 7 ainda não estão finalizados, não havendo esse risco ainda. Talvez outros lugares possam ser mais tranquilos quanto a isso.

Outros superiores da Mercedes-AMG afirmaram coisas parecidas, como o chefe da Mercedes-AMG, Philipp Schiemer, afirmando que os V8 ainda têm mais 10 anos de vida, chegando até 2031.

Já outras empresas, como a Porsche investem em combustíveis sintéticos, tentando manter motores à combustão interna por mais tempo, porém Joerg Bartles diz que não é uma boa opção para a Mercedes por enquanto.