PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Brasil já importa mais carros da China do que do México e da Alemanha

Fim da isenção de imposto para elétricos e híbridos fez bombar a importação em dezembro e as vendas de importados em janeiro

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 fev 2024, 11h36 - Publicado em 8 fev 2024, 11h31
Flat rack vila velha brasil
Importação de carros chineses aumentou exponencialmente nos últimos 4 anos (Log-In/Divulgação)
Continua após publicidade

Janeiro chegou ao fim com um grande aumento na venda de carros importados no Brasil: 19,5% dos emplacados no último mês vieram de fora do país, a maior participação dos últimos 10 anos. Isso já acendeu o sinal amarelo na associação dos fabricantes de automóveis, que vai acompanhar a evolução desse número nos próximos meses.

“Desde 2014 que nós não temos uma participação tão expressiva de veículos importados emplacados no Brasil. A cada 10 carros vendidos, 2 vieram de fora do Brasil. É um número que precisa ser acompanhado”, disse Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). 

BYD Song Plux Haval H6 Chery Tiggo 8 pro
BYD Song Plus, Haval H6 e Chery Tiggo 8 Pro vêm da China e somaram 3.576 emplacamentos em janeiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Dos 119.000, 31.493 foram importados. Destes, 46% vieram da Argentina, mercado de onde o Brasil mais importa carros. Mas em segundo lugar está a China, com 25% de participação nos emplacamentos de importados, com 7.958 carros. Só depois aparecem México (11%), Alemanha (6%) e Uruguai (2%).

Em janeiro de 2020 a Argentina respondia por 63% do volume de carros importados vendidos no Brasil, o México por 15% e, a China, por apenas 2% do mercado de importados.

Continua após a publicidade
Percentual de importação
(Anfavea/Reprodução)

Ainda considerando o volume de carros importados emplacados no Brasil em janeiro, 19% foram híbridos e 14% elétricos. Esses carros eletrificados ajudam a explicar a alta nas importações.

Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade

“No Brasil, houve o encerramento do programa de alíquota zero no imposto de importação [de carros híbridos e elétricos], então várias empresas importaram veículos em dezembro, em volume maior que a demanda, pra que pudessem comercializar esses veículos em janeiro e fevereiro utilizando o imposto zero. Então nós tivemos um grande impacto nos emplacamentos do mês de janeiro pelos volumes de importação ocorridos em dezembro de 2023”, explicou Lima Leite.

BYD Dolphin Longa Duração
BYD Dolphin é o carro elétrico mais vendido do Brasil atualmente (Fernando Pires/Quatro Rodas)

“Isso quer dizer que é temporário? Não, significa que devemos monitorar. Tem que fazer um monitoramento para que não se crie um desequilíbrio principalmente nessas tecnologias. Mas há também produção local com uma participação muito importante”, disse o presidente da Anfavea antes de destacar a participação de carros híbridos e elétricos nas vendas totais de janeiro. “Foram 7,9%, é patamar de mercados desenvolvidos”.

Continua após a publicidade
Brasil já importa mais carros da China do que do México e da Alemanha
Volvo XC40 também é importado da China (Fernando Pires/Quatro Rodas)

 

Mas existe um empenho e preocupação por parte da entidade em ver esses números crescendo graças à produção nacional. “Nós não podemos ter uma participação tão expressiva de produtos importados no Brasil. É natural, o que nós queremos é produção local. É crescimento da indústria, produção e geração de empregos.”

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.