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Brasil (finalmente) terá gasolina com padrão de qualidade de EUA e Europa

Especificações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) garantem mais qualidade à gasolina feita aqui, mas ela também ficará mais cara

Por Renan Bandeira
Atualizado em 24 jun 2020, 14h43 - Publicado em 24 jun 2020, 14h13
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    Gasolina com maior qualidade será oferecida a partir de agosto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Finalmente os brasileiros terão gasolina produzida aqui com a mesma qualidade do combustível vendido nos Estados Unidos e na Europa – para alegria dos nossos leitores e também dos motores.

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    As refinarias deverão começar a oferecer o produto em agosto deste ano, de acordo com a explicação da diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara, durante videoconferência sobre Mobilidade Sustentável e o Futuro do Combustível, realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

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    Vale lembrar que as novas especificações impostas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a gasolina brasileira já haviam sido aprovadas em janeiro deste ano.

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    Refinarias brasileiras terão que seguir as novas regras impostas pela ANP (Agência O Globo/Veja)

    Melhor qualidade, maior preço

    Essa nova resolução estipulou os valores de massa específica do combustível, novos padrões de destilação e os limites de octanagem para garantir uma gasolina mais eficiente – e que, indiretamente, melhore o desempenho dos motores, reduza as emissões de poluentes e o consumo.

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    No entanto, não apenas boas notícias, já que, à medida que a qualidade sobe, o preço também aumenta. “A Petrobras pratica paridade dos preços de importação e a comparação será com gasolinas de melhor qualidade do exterior”, justifica Lara.

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    De acordo com a executiva, embora o valor seja elevado, esse gasto será compensado pelo rendimento aprimorado, que possibilitará rodar mais quilômetros por litro. “No final, para o consumidor, em termos de custo, a gente acredita que será positivo”, completa a diretora da Petrobras.

    Frasco com etanol no Laboratório de Análise do CTC
    Gasolina brasileira tem até 27% de álcool anidro na composição (Acervo/Quatro Rodas)

    Mesma receita alcoólica

    Embora tenha novas especificações de produção, a gasolina brasileira manterá a composição atual com 27% de álcool anidro na mistura das opções comum e aditivada distribuídas aos postos.

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    Essa formulação está em vigor há quase quatro anos e, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), testes indicam que não diferenças no comportamento dos veículos em relação ao combustível com até 25% de álcool anidro – composição válida até novembro de 2016.

    O ponto positivo da adição de álcool na composição é o aumento de octanagem do combustível. Quanto maior o número de octanas, maior a resistência do combustível à compressão no momento da combustão interna do motor, o que garante maior eficiência na queima e evita as populares “batidas de pino”.

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    O combustível derivado da cana de açúcar eleva a octanagem por ter menor poder calorífico, ou seja, ele demora mais tempo para entrar em combustão que a gasolina (que, em estado puro pode até antecipar o tempo de combustão por suportar menos compressão do pistão).

    O ponto negativo é que, por ter maior resistência a essa compressão, o processo de combustão do etanol exige que uma maior quantidade de combustível seja depositado na câmara, o que eleva o consumo. Ou seja, quanto maior o percentual de álcool na mistura, mais “beberrão” o veículo fica.

    No Brasil, as gasolinas categorizadas como Premium possuem a  menor quantidade de álcool anidro na mistura: o limite é de 25% de adição na composição. Isso torna o combustível mais eficiente.

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    Gasolinas Premium compensam octanagem com antidetonantes (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Octanagem do jeito raiz

    Embora tenha menos derivado de cana na mistura, as gasolinas Premium já chegam aos postos com maior percentual de octanagem, compensando a falta do álcool anidro. Para isso, as refinadoras acrescentam à fórmula uma série de elementos antidetonantes na composição, como metil-t-butil-éter.

    Embora seja indicada para a utilização em veículos de alta performance, essa gasolina (mais cara) pode ser uma saída para proprietários de veículos importados e nacionais produzidos antes da década de 1990.

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    Sem componentes adequados para a mistura com álcool – que não tem o efeito lubrificante da gasolina –, há uma série de efeitos negativos, como deterioração dos retentores de borracha, mangueiras de combustível e plásticos e metais, que podem sofrer com ressecamento e oxidação com a mistura de 27%.

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    (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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