A Sertão – um modelo mundial, produzido também em Berlim – já foi apresentada em avant première no Brasil, no Salão das Duas Rodas do ano passado. Agora chegou a vez de os consumidores do país terem acesso a ela, quase simultaneamente aos motociclistas europeus. A Sertão é uma versão mais trilheira, mais vocacionada ao uso off road (sem perder a possibilidade de ser emplacada e rodar nas ruas), da maxitrail G 650 GS feita em Manaus.
De fato, em intenso uso off road, a Sertão justificou o nome, mostrando-se leve, maneável e agressiva para uso em estradas de terra. O uso dos pneus trail Michelin T63 – que serão oferecidos como opcionais sem acréscimo de preço, no lugar dos mais convencionais, de uso misto, da G 650 GS – aumentou radicalmente as possibilidades na terra, mantendo ainda um excelente agarre no asfalto (em geral, pneus de cross são maus no pavimento). Os pneus T63 também permitem uso legal em vias públicas.
Em relação à G que lhe deu origem, a Sertão perdeu o para-lama dianteiro inferior colado à roda e recebeu uma peça superior flexível, um pouco frágil para uso intenso na terra. Também as suspensões passaram de 170 mm de curso na frente e de 165 mm atrás para 210 mm de trajeto em ambas; com isso, a G 650 GS sertaneja ficou mais alta. A roda dianteira, aro 19 na motocicleta em modelo convencional, tornou-se aro 21 na Sertão, confirmando a vocação trilheira. O protetor de cárter em alumínio é de série na nova versão, mas um reforço tubular para a região inferior da moto também é opcional.
O motor monocilíndrico refrigerado a água de 50 cv e 6,1 mkgf de torque permanece o mesmo e tem confiabilidade e respostas rápidas para uso em aventuras por todo terreno. Tem projeto austro-alemão e é manufaturado pela chinesa Loncin. Câmbio de cinco marchas com transmissão por corrente completa o pacote.
O preço de 32.900 não inclui o ABS desligável para uso off road (excepcional) e o ganho de desempenho fora de estrada justifica plenamente a diferença para a G convencional, que custa 29.800 reais.