Bateria de sódio pode reduzir em até R$ 70.000 o preço dos carros elétricos
Sendo dez vezes mais barata, a nova tecnologia vai ser usada por Chery e BYD até o final do ano

As baterias a base de sódio já são esperadas há algum tempo por serem uma nova alternativa mais barata — custando apenas U$ 10/kWh (R$ 57,02). Elas não são apenas uma idealização, nem um projeto, a nova tecnologia já alimenta cerca de 250.000 vans de entregas urbanas na China. A fábrica da CATL em Fujin tem um planejamento de fornecer para montadoras como BYD e Chery até o final de 2025.
A primeira geração das baterias da CALT pode revolucionar o mercado de veículos elétricos, já que por ser até dez vezes mais barato, os carros elétricos básicos podem ficar de U$ 8.000 (R$ 45.614) à U$ 12.000 (R$68.422) mais acessíveis.
Mais barata e dura mais
O ciclo de vida da bateria de sódio é de 10.000 cargas, sendo 6,66% mais durável que a bateria de lítio que tem um ciclo de apenas 1500 cargas.
Mas porque as baterias de sódio são mais baratas? O valor da matéria prima é o primeiro motivo para a discrepância de valor, enquanto o carbonato de sódio custa U$ 200/tonelada (R$1.140), o carbonato de lítio chega a U$ 15.000/tonelada (R$85.527). Isso vai de encontro com a extração deles, já que o sódio se encontra em 90% das bacias globais.

Segundo uma pesquisa feita pela BloombergNEF (BNEF), prevê que o íon de sódio conquistará 12% do mercado global até 2030. Embora os EUA tenham sua primeira fábrica de baterias de sódio (a fábrica da Natron Energy em Michigan), tem sua produção anual de 600 MWh, o que é uma fração dos 30 GWh da CATL.
Os Estados Unidos correm o risco de ceder a corrida dos veículos elétricos de última geração para as montadoras chinesas que já estão testando sedãs movidos a sódio com autonomia de quase 500 km.