Aston Martin Valhalla tem V8 híbrido e 1.079 cv, e será vendido no Brasil
Novo superesportivo da Aston Martin tem V8 e mais três motores elétricos e terá apenas 999 exemplares - seis serão destinadas ao Brasil
Foi em 2019 que a Aston Martin apresentou o conceito AM-RB 003, um superesportivo com motor central. Aquele era o início do projeto que agora tem uma versão de produção. Este é o Aston Martin Valhalla.
O projeto atrasou em alguns anos e algumas informações ainda não foram divulgadas pela marca. Porém, o grande destaque é o seu motor V8 4.0 biturbo de 828 cv, instalado logo atrás da cabeça dos passageiros. A potência total, porém, é de 1.079 cv e 112,2 kgfm graças a um sistema híbrido plug-in.
O motor V8 4.0 de origem Mercedes também pode ser encontrado no SUV DBX707, mas o do Valhalla tem modificações importantes. Há um novo virabrequim plano, que movimenta os novos pistões e está incorporado a um sistema de lubrificação de cárter seco. Ele também tem seus próprios comandos de válvulas e um novo sistema de ignição. As turbinas também foram atualizadas e geram até 3 bar.
Para completar este sistema há três motores elétricos, sendo um deles integrado à transmissão de dupla embreagem de oito marchas, atuando como motor de partida e gerador para carregar a bateria. Basicamente, é um sistema híbrido leve trabalhando em conjunto de outro sistema híbrido plug-in.
Os outros dois motores estão na frente, movendo as rodas dianteiras e podem girar a até 18.800 rpm. Eles também podem operar de maneira independente, mas sem toda a potência oferecida no conjunto completo: a potência elétrica máxima é de 251 cv. E como não há marcha ré no Valhalla, quem é responsável por isso são estes dois motores elétricos. Isso é bom para poupar algum peso.
Com todo o conjunto operando, a Aston Martin afirma que o Valhalla pode ir de 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos e alcança os 350 km/h. Isso é possível graças à aerodinâmica ativa, que se altera também conforme o modo de direção escolhido. O sistema Integrated Vehicle Dynamics Control (IVC) é quem faz todos os cálculos e ajustes, alterando a posição da asa, além da suspensão, direção, frios e vetorização de torque.
Outros elementos importantes do conjunto mecânico do superesportivo são: suspensão traseira independente multlink e a suspensão dianteira pushrod, inspirada na F1. Ambas são montadas em estruturas de alumínio que se conectam ao monocoque de fibra carbono. E, claro, não poderia faltar os discos de freio carbonocerâmicos feitos pela Brembo.
O interior não transmite a mesma linha de design do exterior. É mais simples, com um cockpit focado no motorista. Há duas telas (que não são tão grandes), um console com alguns comandos, elementos da mesma cor dos carros de F1 da marca e (muita) fibra de carbono exposta.
O Aston Martin Valhalla tem 4,72 m de comprimento, 2,20 m de largura (com retrovisores), meros 1,16 m de altura e 2,76 m de entre-eixos, com apenas 10 cm de altura livre do solo. O peso é de 1.655 kg, pouco para um supercarro híbrido.
A produção do Aston Martin Valhalla começará no segundo trimestre de 2025, próximo do meio do ano. O preço ainda não foi revelado, mas a marca afirmou que apenas 999 exemplares serão construídos. Pelo menos seis destes carros serão destinados ao Brasil.