Associação pede retirada do Onix após nota zero em teste
PROTESTE diz que irá acionar Ministério Público e outros órgãos competentes
Horas após serem divulgados os resultados dos testes de segurança feitos pelo Latin NCAP com o Chevrolet Onix, a PROTESTE (Associação de Defesa do Consumidor) informou que pedirá a retirara do modelo no mercado brasileiro – do qual é lider desde 2015.
O carro não recebeu nenhuma estrela na avaliação de proteção para adultos e três estrelas (entre cinco possíveis) para a proteção de crianças.
Parceira do Latin NCAP, a PROTESTE explica que o desempenho estrutural do Onix no impacto lateral mostrou um grande deslocamento (penetração) da coluna B, dentro do compartimento do passageiro, significativamente maior que no Fiat Palio e Peugeot 208 anteriormente testados.
“O Onix foi o único que registrou valores que ultrapassam os limites biomecânicos permitidos para o peito no teste de colisão”, diz a associação. “Provavelmente, devido a seu pobre desempenho estrutural, a situação não mudaria nem mesmo incluindo airbags laterais”.
Segundo Sonia Amaro, advogada da PROTESTE, reinvidicações serão feitas junto ao Ministério Público e à Secretaria Nacional do Consumidor (entre outros órgãos competentes) para que o modelo seja retirado do mercado brasileiro.
Veja abaixo a declaração do gerente de relações institucionais e mídia da PROTESTE, Henrique Lian:
“É uma ofensa à inteligência do consumidor que a General Motors, que afirma que o Onix é baseado numa plataforma global, não tenha tido êxito na versão avaliada pelo Latin NCAP. De acordo com os resultados do teste foi verificado que o carro não seria aprovado pela regulação da ONU (UN95), nem pela Norma Federal de Segurança Veicular dos EE.UU. (FMVSS214), aplicados na Europa e nos Estados Unidos respectivamente.
Não consideramos que a América Latina seja depósito para carros fora dos padrões exigidos, no entanto, infelizmente, não parece ser a opinião da GM. A PROTESTE, diante dos resultados decepcionantes do Onix, pedirá a sua retirada do mercado”.