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Argentina e Brasil fecham acordo de livre comércio de automóveis para 2029

A mudança principal acontece em dez anos, mas até lá os países já vão poder trabalhar com o aumento da cota de exportação e importação entre si

Por Renan Bandeira
6 set 2019, 15h48
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  • Argentina e Brasil fecham acordo de livre comércio de automóveis para 2029
    O acordo facilitará a exportação e importação de carros para a Argentina (Arquivo/Quatro Rodas)

    Um acordo de livre comércio de automóveis entre Brasil e Argentina será anunciado, nesta sexta-feira (6), no Rio de Janeiro, pelo ministro da Economia Paulo Guedes e pelo ministro argentino da Produção, Dante Sica.

    O último acerto entre os países, conhecido como flex, foi assinado em 2016 e acaba em junho de 2020. Nele, existe uma regra de 50% na relação de exportação e importação, ou seja, caso o Brasil exporte US$ 1 milhão para Argentina, não poderá importar mais que US$ 1,5 milhão do país vizinho e vice-versa.

    O novo acordo prevê um aumento nessa relação passando de 50% para 300%. Ou seja, as exportações de um dos países pode exceder até três vezes o total de sua importação. Exemplo: se o Brasil exportar US$ 1 milhão da Argentina poderá importar US$ 3 milhões.

    Mas as limitações têm tempo determinado. Em janeiro de 2029, tudo deve mudar e o livre comércio passa a valer sem que haja limite para importação e exportação entre os dois países.

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    Atualmente, cerca de 50% das exportações de automóveis brasileiros vão para a Argentina. Enquanto isso, o Brasil recebe 80% dos veículos argentinos.

    Mercosul-União Europeia

    O acordo tem mais um objetivo: alinhar as regras de comércio dos países para o acordo Mercosul-União Europeia. Em caso de acerto entre sulamericanos e europeus, os impostos sobre automóveis vindos da Europa seriam reduzidos de 35% para 17,5%.

    Porém, inicialmente o Mercosul poderá importar um limite de 50 mil veículos anuais. Desses, 32 mil vêm para o Brasil.

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    Mas acordo entre os blocos prevê que depois de dez anos os impostos sobre os veículos passaram a diminuir gradativamente até que chegue a zero no 16º ano, tornando o comércio livre e sem cotas de unidades.

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