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Após recorde de exportações, BYD vai construir mais 7 navios cargueiros

Além da BYD, outras montadoras chinesas estão correndo contra o tempo para conseguirem alternativas em suas exportações

Por Lucas Parente
8 mar 2024, 16h55

Em janeiro, a BYD lançou ao mar o seu primeiro navio cargueiro para exportação de veículos e já adiantou que, nos próximos dois anos, planeja integrar mais sete transportadores de automóveis à sua frota, para aumentar ainda mais a sua capacidade de exportação global.

O primeiro exemplar, que já está até funcionando, consegue transportar até 7.000 veículos da marca de uma só vez. Este é o primeiro navio chinês feito exclusivamente para exportação de carros e foi construído pela CIMC Raffles, e é movido a gás. Outros dois, que já estão em construção em Guangzhou (China), estão sendo fabricados pela CSSC Offshore & Marine Engineering, também com capacidade para 7.000 veículos cada.

Esse movimento entra em conjunto do último recorde batido pelo mercado chinês no ano passado. A China se tornou o maior exportador de carros no mundo, colocando o Japão em segundo lugar.

Dentre todas as montadoras que exportam da China para o resto do mundo, a BYD é a que tem mais demanda. Por isso, com a construção de uma grande frota de navios próprios, a marca acredita que conseguirá diminuir drasticamente os custos de transporte.

“A BYD vai implantar sete transportadores de automóveis nos próximos dois anos para aliviar a escassez de capacidade de transporte para exportações de automóveis”, disse o fundador e presidente da BYD Wang Chuanfu, no início deste ano.

BYD NAVIO
(Divulgação/BYD)

As empresas chinesas precisam urgentemente de novos navios para serem utilizados nas exportações de veículos. Em novembro do ano passado, as transportadoras do país tinham uma capacidade combinada de apenas 110.000 veículos. Em comparação com a frota japonesa isso é muito pouco: sua frota marítima tem capacidade de transportar até 1,6 milhão de carros.

Isso é um gargalo para os dois países, que exportam muito mais automóveis do que importam. Ou seja, as grandes companhias de navegação evitam a modalidade que implica em retornar à origem com a embarcação vazia. Por isso muitos carros chineses chegam ao Brasil dentro de conteiners ou em plataformas de transporte que permitem que os veículos sejam empilhados e içados: assim, o navio pode retornar à China com outros produtos.

Navio BYD
(Divulgação/BYD)

Mas, não é apenas a BYD que busca aumentar a sua capacidade de transporte. A estatal SAIC planeja garantir 14 navios transportadores de automóveis nos próximos 3 anos através de sua empresa de logística. Alguns deles com capacidade de até 9.000 veículos.

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Os chineses também já encomendaram cerca de 37 novos navios em novembro do ano passado, com uma capacidade combinada de 290.000 veículos.

O que está acontecendo na China isso é um movimento natural, já que o país está encarando um crescimento descomunal no setor automotivo, pelo menos no que diz respeito à expansão para o mercado global. Os chineses estão passando algo semelhante ao que o Japão passou nos anos 1970, mas, dessa vez, mais recursos estão à disposição da China.

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