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Land Rover Freelander II é SUV usado que pode ser desafiador aos mecânicos

O Land Rover agrada pelo desempenho, conforto e tecnologia, mas sua manutenção é só para quem entende

Por Felipe Bitu
Atualizado em 15 set 2024, 12h25 - Publicado em 12 fev 2024, 16h00
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Faróis com leds eram destaque do Freelander 2 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Quando chegou aqui, em 2007, a segunda geração do Land Rover Freelander 2 pouco tinha a ver com a anterior: impressionava pela evolução técnica e construtiva, estava maior, mais largo e mais alto e ainda compartilhava a identidade visual do irmão classudo Range Rover Sport.

A maior novidade era o 3.2 de seis cilindros em linha, de alumínio. Além das 24 válvulas, trazia coletor de admissão e comandos de válvulas variáveis, garantindo elasticidade ímpar. Apesar dos 233 cv a 6 300 rpm, o torque de 32,3 mkgf surgia a 3 200 rpm, com 80% disponíveis a 1 400 rpm.

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Lanternas redesenhadas deram novo brilho à traseira (Marco de Bari/Quatro Rodas)

O resultado aparecia no bom desempenho em cidade e estrada, apesar de seus 1770 kg. Mérito também do câmbio automático de seis marchas e da tração integral Terrain Response, com quatro ajustes (asfalto, grama/cascalho/neve, lama e areia).

Mesmo sem reduzida, sua capacidade fora de estrada era superior à de rivais como Honda CR-V e Toyota RAV4, todos na faixa de preço da versão S, que trazia ar-condicionado bizona, nove airbags, ABS com EBD, sensor de chuva e de faróis e controles de tração, estabilidade e rolagem da carroceria.

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Central multimídia tem touch screen de 7 polegadas (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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A versão SE acrescentava banco de couro elétrico, Bluetooth, retrovisor com rebatimento elétrico e sensor de estacionamento dianteiro e traseiro. A top HSE incluía central multimídia, faróis adaptativos de xenônio, teto solar duplo e bancos aquecidos, para um comportamento dinâmico digno de automóvel. Em todas elas, suspensão independente nas quatro rodas.

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Sistema Terrain Response é acionado por meio de teclas no console, junto à alavanca do câmbio (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Sucesso de público e de crítica, o SUV sofreu mudanças sutis em 2009: novos detalhes cromados, aerofólio traseiro e para-choques e saias laterais da cor do carro. A reestilização veio na linha 2011: grade dianteira, para-choques, faróis e lanternas eram redesenhados. Em meados do ano, veio o esperto motor motor 2.2 turbodiesel de 190 cv e 42,8 mkgf.

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Entre mostradores analógicos, um monitor digital (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Confiável no asfalto e fora dele, sua única exigência é a mão de obra qualificada. A manutenção deve ser feita em rede autorizada Land Rover ou oficinas especializadas na marca. O alto custo das peças de reposição também é alvo de reclamação, mas compensado pela robustez e longo intervalo entre as revisões.

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FUJA DA ROUBADA

Fique atento aos recalls: foram três ao todo, envolvendo risco de incêndio, reparo no teto solar e verificação da conexão elétrica do airbag. Basta checar se todas as revisões foram feitas nos três anos da garantia.

NÓS DISSEMOS: Março de 2007

“O Freelander 2 é inteiramente novo. a começar pelo motor 3.2 de 233 cv. Seu câmbio automático tem seis marchas. (…) para quem quer se aventurar nas trilhas, o Freelander dá show. o sistema Terrain response tem três programas para a transmissão, que se adaptam às condições de piso. Feita a opção, você só precisa acelerar. vencer os obstáculos é tarefa do carro. (…) Como ficou mais robusto, ele passou a se comportar mais como um jipe, o que implica uma atitude mais enérgica por parte do motorista. a direção exige maior esforço e a suspensão filtra menos os impactos provocados pelo piso.”

PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA) SE 3.2  – Março/2022

2007: R$ 41.766

2008: R$ 45.028

2009: R$ 47.727

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2010: R$ 49.263

2011: R$ 68.398

2012: R$ 64.150

SE 2,2 diesel

2011: R$ 71.610

2012: R$ 76.830

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Principais defeitos do Land Rover Freelander 2

A principal fonte de ruídos no sistema é o entupimento do reservatório do fluido, o que pode danificar a bomba a longo prazo. A troca do reservatório custa 500 reais e não deve ser protelada, sob risco de comprometer a bomba (2.460 reais) e a cremalheira da caixa de direção (4.097 reais).

Land Rover Freelander
A tela entre os mostradores mostra dados como o nível de combustível e até o modo selecionado no sistema Terrain Response (divulgação/Land Rover)

Vibrabrequim – Na versão diesel pode ocorrer vazamento no retentor do virabrequim, identificado pela presença de óleo entre o cárter e a carcaça da transmissão. Lançado em 2011, aproveite que ele ainda está na garantia.

Bancos dianteiros – Certifique-se de que eles estão firmes e sem folgas. Dependendo do peso do motorista ou passageiro, eles podem se soltar, tornando-se fonte constante de ruídos.

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Rolamentos do diferencial traseiro – Quando gastos, produzem um ronco que desaparece acima dos 50 km/h – ou seja, o ruído se revela em trajetos urbanos. A Land Rover recomenda a troca do diferencial completo, que custa 9.998 reais, mais 4 horas de mão de obra (1.080 reais).

Bomba da tração Haldex – A troca dos rolamentos do diferencial traseiro (e não sua substituição completa) coloca em risco a bomba hidráulica do acionamento do diferencial traseiro. Uma bomba nova custa 2022 reais, mais 1080 reais de mão de obra.

A VOZ DO DONO

“Não há carro mais versátil: reúne conforto para os dias de trabalho e valentia para encarar os piores caminhos no fim de semana. O desempenho rivaliza com o dos sedãs mais potentes, o consumo é baixo e tem boa dose de segurança ativa e passiva. A manutenção é cara, mas compensa pela robustez: não apresentou problema em três anos.”

Vitor Jose Ramos Filho, 32 anos, cirurgião plástico, São Paulo (SP)

O que eu adoro

“É um carro alto e confortável, sem abrir mão da estabilidade. O motor é muito potente, o acabamento, primoroso e o nível de itens de série é indiscutivelmente o melhor.”

Sidney Longo, 34 anos, advogado, São paulo (SP)

O que eu odeio

“A rede autorizada é pequena, o que atrapalha quando precisamos de mão de obra especializada. As peças de reposição são caras e nem sempre para pronta entrega.”

Caetano Manfrini, 28 anos, empresário, indaiatuba (SP)

Land Rover Freelander

PREÇO DAS PEÇAS do Land Rover Freelander 2

Para-choque dianteiro

Original: 4.000

Paralelo: 1.250

Farol completo (cada um)

Original: 3.500

Paralelo: 1.800

Disco de freio diante. (cada um)

Original: 436

Paralelo: 500

Pastilha de freio dianteira (par)

Original: 633

Paralelo: 510

Retrovisor (cada um)

Original: 4.000

Paralelo: 2.200

PENSE TAMBÉM EM UM… Audi Q3

Se você aprecia a agilidade do Freelander, não vai se decepcionar com o desempenho do Audi Q3. Seu motor 2.0 turbo com injeção direta e a tração integral Quattro são potencializados pela precisão da transmissão automatizada de sete marchas e dupla embreagem. Ele pode não ter a mesma desenvoltura no fora de estrada que o rival, mas conta com o Drive Select, que permite escolher entre quatro ajustes que gerenciam as respostas do acelerador e modificam as curvas do motor, ideal para uma tocada esportiva. É possível privilegiar conforto, esportividade ou economia de combustível. No entanto, sua oferta entre os usados é menor.

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