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Guia de Usados: Chevrolet Omega (4ª geração)

Discretíssimo, ele esconde seu caráter esportivo, mas é imbatível no prazer ao volante e no custo-benefício

Por Felipe Bitu
Atualizado em 26 abr 2018, 16h21 - Publicado em 27 jun 2013, 10h48
Chevrolet Omega
A partir da linha 2008, o Omega perdeu a caretice no design (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Com o mercado migrando para carros mais compactos e práticos, os sedãs de luxo viraram objeto de desejo de quem quer fartura de potência, espaço e conforto. Para esse público, o Omega é uma das melhores opções entre os usados.

Importado da Austrália, virou líder do segmento graças ao custo-benefício: com porte de Audi A6, preço de BMW Série 3 e discrição de Vectra, caiu nas graças de executivos e políticos avessos à ostentação.

O generoso espaço interno e a alta robustez fizeram dele um dos favoritos das blindadoras, sobretudo pelo Alloytec V6 3.6, adotado na linha 2005. Todo de alumínio e com duplo comando de válvulas variável e coletor variável, gera 258 cv e 34,7 mkgf.

O câmbio automático de cinco marchas também equipava alguns BMW e o Range Rover. As borboletas atrás do volante conferiam um caráter ainda mais esportivo ao sedã de 1 637 kg: 0 a 100 km/h em 7,5 segundos e máxima de 235 km/h, segundo a fábrica.

A segurança ficava por conta de ABS com EBD, airbags frontais e laterais e encostos de cabeça ativos.

A quarta geração deu as caras no modelo 2008: mais baixo e largo, trazia um desenho mais agressivo, para apagar a aura de carro de frota executivo. O Omega renovado oferecia o mesmo nível de equipamentos de um Mercedes Classe E por metade do preço.

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Chevrolet Omega Fittipaldi
Com 36,7 mkgf de torque, versão Fittipaldi acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

No interior, DVD no teto integrado ao monitor colorido no painel e ar digital de duas zonas. Ganhava rodas aro 17, controle de estabilidade e airbags de cortina, além de 12,6 cm de entre-eixos, aumentando o espaço interno. Mas perdia as borboletas do câmbio e 4 cv, para se adequar à nova lei de emissões.

Voltaria a ganhar potência em 2011, pela versão Fittipaldi: com injeção direta, rendia 292 cv e 36,7 mkgf, com um 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. O câmbio vinha com seis marchas.

O Omega chegou ao mercado com preços competitivos e mesmo assim sempre sofreu uma alta desvalorização, o que faz com que seja encontrado a preços atraentes entre os usados, apesar da pouca oferta.

Robusto e sem problemas crônicos, ele tem manutenção teoricamente simples, mas dificultada pela limitada oferta de peças, que são muito caras, tornando o paralelo a melhor opção de compra.

FUJA DA ROUBADA

O Omega sempre foi o queridinho entre os blindados. Se for comprar um deles, cheque todos os vidros elétricos, suspensão, borrachas, frisos e encaixe dos vidros. Na dúvida, vale a pena solicitar uma vistoria técnica.

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NÓS DISSEMOS… Agosto de 2007

“Quando se fala de Omega, vem logo à cabeça a ideia de carro da presidência – seja da empresa, seja da república. (…) Ficou 5 cm mais próximo do chão, mesmo com rodas maiores, aro 17. Tem quase o mesmo comprimento anterior, mas cresceu 12,6 cm no entre-eixos para acomodar bem os passageiros de trás – lembre-se, é lá que o presidente deve andar. destaque para o controle de estabilidade, útil num carro desse porte com tração traseira. Ainda ganhou airbags de cortina, além dos frontais e laterais. O motor é o mesmo V6, mas com 254 cv – perdeu 4 cv para atender à lei de emissões.”

ONDE O BICHO PEGA

Chevrolet Omega
O interior é sóbrio e repleto de equipamentos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Airbag: Luz do airbag acesa após a manutenção ou o alinhamento da direção é um forte indício de rompimento da cinta do airbag. O sistema só volta a operar após a troca dela, por 900 reais.

Recall: O modelo 2008 foi convocado para a troca da mangueira de combustível e da braçadeira de fixação da mangueira do cânister. O atrito entre ambos pode provocar vazamento e incêndio no cofre do motor. São 784 unidades com número de chassi entre 8L100018 e 8L983844.

Motor: Algumas unidades do modelo 2008 apresentam distensão na corrente de acionamento dos comandos de válvulas por folga excessiva dos elos metálicos. A luz de avaria no painel indica a falta de sincronismo entre comandos e o virabrequim e só se apaga com a troca da corrente, por 4 700 reais.

Freios: Problema comum a todo sedã automático pesado e com bom desempenho é o desgaste acentuado dos freios, sobretudo se for blindado. Uma revisão completa neles sai por volta de 2 000 reais.

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Assoalho: Os carros da linha 2008 em diante são mais baixos e têm quase 3 metros de entreeixos, o que os faz raspar em lombadas e rampas de garagem. O ideal é pôr o veículo num elevador e procurar por problemas, principalmente nos defletores.

A VOZ DO DONO

“Poucos sedãs de luxo são tão competentes quanto ele: oferece espaço de sobra e é imbatível no custo-benefício. A mecânica é tão adequada ao Brasil que nem parece importado: manutenção simples e acessível, suspensão robusta e motor forte e potente. Dois defeitos: o limitado campo de visão dos espelhos e os faróis, que iluminam pouco.” – Anderson Cristiano, 33 anos, empresário, rio de Janeiro (RJ)

Chevrolet Omega
A voz do dono de um Chevrolet Omega (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O QUE EU ADORO

“O Omega tem espaço, luxo, conforto, estabilidade e desempenho igual ou superior ao de carros bem mais caros. Por tudo que oferece, até o consumo é bom.” – Cesar Machado Zaparoli, 45 anos, autônomo, São Caetano do Sul (SP)

O QUE EU ODEIO

“A rede autorizada sabe pouco do carro: pedem horas para pesquisar as peças e nunca têm para pronta entrega. São tão caras que vale mais comprar no exterior.” – William Ricardo Veras Lisboa, 30 anos, funcionário público, São João da boa Vista (SP)

Preço médio dos usados (FIPE)

 
2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Omega CD Fittipaldi 3.6 V6 R$ 28.504 R$ 31.388 R$ 40.165 R$ 41.870 R$ 44.321 R$ 55.919 R$ 62.783

PENSE EM TAMBÉM EM UM… Chrysler 300C

Chrysler 300C

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O que o Omega tem de discrição o Chrysler 300C tem de presença. Seu estilo forte nunca causa indiferença por onde passa. Seus 5 metros de comprimento e quase 2 de largura são evidenciados pela linha de cintura alta, teto baixo e enormes rodas de aro 18.

Como no Omega, tem rodar macio, porém estável, transmitindo segurança. Seu V6 3.5 é menos potente (249 cv) e precisa dar conta de um peso maior (1 845 kg), motivo pelo qual seu desempenho é inferior – ele leva 9,6 segundos para ir a 100 km/h e a velocidade máxima é de 219 km/h.

Mesmo assim, trata-se de uma ótima escolha para quem não abre mão de ver e ser visto.

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