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VW Variant II: o melhor carro com motor a ar do Brasil não fez sucesso

Posicionada entre a Brasilia e a Parati, a edição melhorada e ampliada da antiga Variant encontrou concorrência forte pela frente

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 20 nov 2020, 14h38 - Publicado em 20 nov 2020, 14h37
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ela foi o último lançamento da Volkswagen dentro do motor traseiro refrigerado a ar. Mais moderna, econômica, com desempenho e acabamento melhores, a Variant II encerrou os oito anos de mercado da Variant na linha 1978.

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Mas, por mais que tenha evoluído, ela só serviu para mostrar a idade do projeto. A Variant II chegava quase simultaneamente à Belina II da Ford, e entrava na disputa pelos compradores da Caravan, da Chevrolet.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

De cara, notava-se a semelhança entre o novo modelo e a VW Brasilia. As linhas retas predominavam, bem mais atuais que as da perua que ela aposentou. A nova Variant ficou 5 centímetros mais larga. Nas laterais ela parecia uma Brasília com entreeixos maior. Atrás havia um vinco mais próximo da linha da cintura, além das lanternas envolventes e caneladas.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

A nova embalagem era o convite para o motorista se acomodar no banco mais largo de curvim e tecido, com encosto alto o suficiente para dispensar o apoio para cabeça, e ainda se proteger com um cinto de três pontos. Atrás o banco estava 13 centímetros mais largo.

O painel trazia instrumentos retangulares, com visibilidade auxiliada pelo volante de fina empunhadura. Conta-giros, relógio e rádio estéreo AM/FM eram opcionais.

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(Christian Castanho/Quatro Rodas)
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

O motor boxer, de quatro cilindros e 1,6 litro, parecia tomar mais o espaço da bagagem que de fato tomava. Com o banco traseiro na posição normal, eram 467 litros. Se ele fosse rebatido, esse espaço aumentava para 954 litros, sem contar os 137 litros extras no porta-malas dianteiro. Mesmo assim, era a menor capacidade entre as peruas nacionais.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Para compensar o aumento de 78 quilos no peso da nova versão, a VW precisou só de 2 cv a mais de potência, num total de 67 cv, obtidos graças a um novo comando de válvulas e duas saídas de escapamento.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

O destaque ficava por conta da suspensão. As barras de torção foram trocadas por uma estrutura McPherson com molas helicoidais. Atrás, a suspensão independente de dupla articulação e braços de apoio enrijeceram o sistema. Os pneus passaram a ser radiais.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

O exemplar aqui apresentado pertence ao comerciante paulista Orlando Hideki Sakata e foi adquirido em 2005 do primeiro dono. “Só precisei trocar os amortecedores e os pneus, que já estavam quadrados, e fazer uma limpeza no motor”, conta Sakata. Sua Variant II tem ventilação forçada, limpador e lavador elétrico do vidro de trás, opcionais do catálogo VW, e toca-fitas, um acessório pós-venda de época.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Já de saída, chama atenção a leveza da direção sem assistência. As marchas têm saudosos engates de precisão cirúrgica e os pedais estão eqüidistantes, embora o do freio seja alto demais.

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(Christian Castanho/Quatro Rodas)

O motor a ar, escondido na parte de trás do habitáculo, faz motoristas que já dirigiram Fusca, Kombi, Brasilia e Variant se sentirem em casa. Em trânsito urbano, e sem engarrafamentos, sente-se a firmeza da nova suspensão em curvas e sua capacidade de absorver pequenas irregularidades do asfalto.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

No primeiro comparativo de QUATRO RODAS entre a Variant II, a Belina II e a Caravan Especial de quatro cilindros, em janeiro de 1978, a perua Chevrolet foi mais ágil e veloz, mas também a de pior acabamento na mesma faixa de preço, num teste em que a Belina II foi a mais econômica.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Na linha 1980, o modelo ganhou temporizador de limpadores de pára-brisa e bancos dianteiros com encostos para cabeça separados. Muito pouco para conter o desgaste acelerado de sua imagem. Ela duraria até 1982, e saiu de linha junto com a Brasilia. No lugar desta a VW já tinha o Gol, na mesma faixa de mercado. A Parati faria o mesmo ainda naquele ano pela Variant II.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ficha técnica

Motor: traseiro, 4 cilindros, boxer, refrigeração a ar, 1 584 cm³, 2 carburadores de corpo simples
Diâmetro x curso: 85,5 x 69 mm
Taxa de compressão: 7,2:1
Potência: 67 cv (SAE) a 4 600 rpm
Torque: 12 mkgf (SAE) a 3 200 rpm
Câmbio: manual de 4 velocidades
Dimensões: comprimento, 432,6 cm; largura, 163 cm; altura, 143 cm; entreeixos, 249,5 cm
Peso estimado: 1.018 kg
Suspensão: Dianteira: independente, McPherson, molas helicoidais e amortecedores. Traseira: barras de torção e eixo de dupla articulação com amortecedores
Freios: disco na dianteira e tambor na traseira
Direção: pinhão e cremalheira
Pneus: 175 SR 14 radiais

Teste QUATRO RODAS – Dezembro de 1977

Aceleração 0 a 100 km/h – 22,72 sa
Velocidade máxima – 134,831 km/h
Frenagem – 80 km/h a 0: 29,90 metros
Consumo – 11,53 km/l (Média)

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Preço

Novembro 1977 – Cr$ 88.654
Atualizado – R$ 107.899 (IGP-DI)

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(Arte/Quatro Rodas)
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