Renault Captur usado é um Duster estiloso, mas escolha bem o motor
Considerado caro, o ousado SUV francês vendeu menos que o esperado no Brasil mas pode ser uma ótima opção entre os usados

Baseado no bem-sucedido Duster, o Captur foi uma das estrelas do Salão do Automóvel de 2016 e consolidou a presença da Renault no segmento dos SUVs compactos. O estilo ousado cheio de personalidade, combinado ao conforto e bom nível de equipamento, permitia coexistir com o Duster, que era mais barato.
Além do vão livre do solo de 21 cm, ele tem 4,33 metros de comprimento, 1,62 metro de altura, 1,81 metro de largura e 2,67 metros entre os eixos, medidas que garantem não apenas um bom espaço interno como também um porta-malas com bons 437 litros.

Todo Renault Captur tem quatro airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, Isofix, ar-condicionado, rodas de liga leve, chave-cartão presencial, comandos de áudio e celular na coluna de direção, luzes diurnas de led, retrovisores rebatíveis e piloto automático.
Se puder, priorize os modelos impulsionados pelo motor 1.3 TCe dotados de turbo e injeção direta, que surgiu na linha 2022. São 170 cv com etanol e 162 cv com gasolina, sempre acoplado ao câmbio CVT de oito marchas simuladas. O torque é sempre de 27,5 kgfm, bom para seus 1.366 kg: com gasolina, a aceleração de 0 a 100 km/h foi realizada em 10 segundos.
O acabamento do modelo 2022 em diante também é melhor, com a parte superior do painel em material macio ao toque. Nos modelos mais antigos, prevalecem plásticos com qualidade fraca, equivalentes aos do Duster.
A versão de maior sucesso é a topo de linha Iconic, que traz multimídia com tela de 8 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, câmeras de visão 360o, bancos de couro, sensores de ponto cego, partida remota do motor e faróis full-led. O opcional mais valorizado é o sistema de som Bose, com seis alto-falantes, subwoofer e equalizador digital.
A versão intermediária Intense tem ar-condicionado automático (sem ser digital), faróis de neblina de led, sensores crepuscular e de chuva, duas entradas USB para o banco traseiro e função “follow me home” nos faróis.
Versão de entrada, a Zen tem piloto automático, volante com ajustes de profundidade e altura, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré e luzes diurnas de led.
Virtualmente idênticos por fora, os Captur até 2021 só têm motores aspirados. Com o 1.6 SCe com 120/118 cv precisa de 14,4 s para chegar a 100 km/h com o câmbio CVT. Os manuais são mais rápidos, mas têm pouca procura. A situação não melhora com o motor 2.0 de 148/143 cv, que sofre com o escalonamento inadequado do câmbio automático de quatro marchas e precisa de 13,2 s para chegar a 100 km/h.
Problemas e defeitos do Renault Captur
Consumo de óleo – O motor 1.6 SCe pode apresentar consumo excessivo de óleo lubrificante e, por isso, exige atenção especial. Em casos extremos, pode consumir um litro de óleo a cada 3.000 km rodados. O problema foi reconhecido pela Renault e tem sido reparado em garantia.
Turbo – Atenção com o motor 1.3 TCe turbo flex, que pode estar com a turbina avariada: o principal sintoma é o excesso de fumaça em marcha lenta ou no intervalo entre as trocas de marcha. Também pode apresentar problemas no sistema de injeção direta e no sistema
de arrefecimento.
Câmbio automático – A transmissão de quatro velocidades (DP2) utilizada em conjunto com o motor 2.0 é uma evolução da velha AL4, conhecida pela fragilidade e por problemas crônicos: verifique se funciona sem trancos, se há luzes de anomalia ou retenção indevida de marchas.
Câmbio CVT – A transmissão Jatco CVT8, que trabalha em conjunto com o motor TCe 1.3 turbo flex, dispensa verificação de nível e substituição de seu fluido, mas a prudência recomenda inspeção a cada 50.000 km. Atenção à especificação do fluido, que deve ser o NS-3 100% sintético.
A voz do dono
Nome: Alex Sandro Rizzo
Idade: 34 anos
Profissão: funcionário público estadual
Cidade: São Bernardo do Campo (SP)
O que eu adoro:
“O desenho do Captur é atual e cheio de personalidade: não há a menor chance de ser confundido com SUVs chineses. É bem equipado e adequado à buraqueira de nossas cidades.”
O que eu odeio:
“O rendimento poderia ser melhor, mesmo considerando seu motor 2.0 e o câmbio automático com apenas quatro marchas. O valor de algumas peças de reposição também é acima do razoável.”
Preço médio dos Renault Captur usados

Preços de peças dos Renault Captur

Nós dissemos:

Março de 2017 “Desde a versão básica Zen, o Captur vem com quatro airbags, ESP, ar-condicionado, rodas de liga leve aro 17, vidros elétricos nas quatro portas, piloto automático e luzes de posição de led, entre outros itens de série. (…) No dia a dia, o modelo agrada pela ampla área envidraçada, que favorece a visibilidade, e a eficiência do isolamento acústico, tanto da parte mecânica quanto aerodinâmica.”
Pense também em um:

Ford EcoSport O modelo 2018 destaca–se pelo acabamento interno, com materiais de qualidade superior. As versões mais simples usam o motor Dragon 1.5 12V de 137 cv e câmbio automático de seis marchas: faz o 0 a 100 km/h em 12,6 segundos e percorre 10,6 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada. A versão Titanium garante melhor desempenho com o motor 2.0 Direct Flex de 170/176 cv.