Apresentado em 2010, o Renault Fluence foi o sedã que consolidou a Renault no segmento dos sedãs médios, feito notável dada a pouca aceitação do antecessor, Mégane. Para isso foi preciso oferecer muitos itens de série, bom rendimento, espaço interno e um pouco mais de personalidade.
Parte desse sucesso se deve à miscigenação das culturas francesa e japonesa: sob o capô do Fluence estava o confiável motor Nissan flex 2.0 (do Sentra), de 140/143 cv. Os câmbios também vieram dele: manual de seis marchas ou CVT, com modo sequencial simulando seis marchas que o Nissan não tinha.
Melhores versões do Renault Fluence
Começou com duas versões: a Dynamique tinha ABS, airbags frontais, laterais e de cortina, ar bizona, computador de bordo, sensores de chuva e faróis, som com CD/MP3/Bluetooth e faróis de neblina.
Entre os opcionais, teto solar e bancos de couro. A Privilège adicionava bancos de couro, controle de estabilidade, GPS Tom-Tom, sensores de ré, piloto automático, rodas de aro 17, retrovisores com rebatimento elétrico, som Arkamys e câmbio CVT. Teto solar e faróis de xenônio eram opcionais.
O entre-eixos de 2,7 metros resultava em bom espaço atrás, que trazia difusores de ar. O bom porta-malas de 530 litros fazia dele um ótimo sedã familiar, mas o Fluence ganharia um toque esportivo em 2012: o Fluence GT rendia 180 cv com turbo e câmbio manual, capaz de ir de 0 a 100 km/h em 8 s e atingir 220 km/h.
Era caracterizado pelas saias laterais, aerofólio traseiro e rodas de aro 17. Oferecido em três cores (preto, branco e vermelho), tinha volante de couro, câmbio manual de seis marchas e pedais de alumínio. Os itens de série eram os mesmos da versão Privilège, mais teto solar e xenônio.
A reestilização veio em 2014, sob a nova identidade Renault, com logotipo maior sobre a grade, junto com o Fluence Dynamique Plus, com CVT, couro e central multimídia.
Descontinuado em 2015, o Renault Fluence GT cedeu o posto em 2016 ao GT Line, que era só um Dynamique com para-choques exclusivos, saias laterais e aerofólio. O mais curioso é que a versão esportiva de verdade hoje vale menos do que a GT Line no mercado.
A partir de 2015, a gama de versões do Renault Fluence foi reduzindo ano após ano, até 2018: antes de sair de linha, restavam apenas as versões Dynamique Plus e Privilege.
O patinho feio é o Expression, de 2012, dedicado a taxistas e frotas de empresas. Não chega a ser um carro ruim, mas é limitado pelo motor Renault 1.6 16V de 110/115 cv e pelo câmbio manual de cinco marchas.
Problemas e defeitos do Renault Fluence
Sonda lambda: Falhas na aceleração, marcha lenta oscilante e estouros no escape podem indicar problemas nas sondas lambda – uma antes e outra depois do catalisador. A avaria é quase sempre indicada no painel de instrumentos.
Ruídos internos: Problema abordado pela QUATRO RODAS em agosto de 2013, a principal causa é uma falha na solda da junção da coluna central com o assoalho, provocando estalos incômodos. Certifique-se de que o defeito já foi resolvido dentro do período de garantia.
Teto solar: Deve abrir e fechar de maneira suave e silenciosa para não forçar o sistema de acionamento elétrico. Trancos e estalos são provocados por sujeira nos trilhos ou falta de lubrificação. Procure também por sinais de oxidação na pintura e mofo na forração do teto, indícios claros de infiltração.
Suspensão: Vale a pena verificar o estado de buchas, bieletas e batentes dos amortecedores: uma revisão geral pode facilmente ultrapassar os R$ 3.000.
Rodas: Nas versões equipadas com rodas de aro 17, verifique em uma loja especializada se elas não estão empenadas. Dependendo do estado do conjunto, peça um desconto.
A voz do dono de Fluence
Nome: Reginaldo Antonio dos Santos
Idade: 36 anos
Profissão: engenheiro mecânico
Cidade: Campinas (SP)
O que eu adoro
“Espaçoso, design sóbrio, motor 2.0 e câmbio CVT funcionam em perfeita harmonia. Faz 13 km/l na estrada e tem um comportamento dinâmico muito bom. O pós-venda também superou a expectativa.”
O que eu odeio
“A transmissão CVT às vezes demora um pouco para reagir ao kickdown e é um tanto barulhenta em altas velocidades. O acabamento já apresenta alguns rangidos no painel e coluna central.”
Quanto valem os Renault Fluence usados (KBB)
Modelo | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
1.6 Expression Manual |
R$ 37.500
|
R$ 39.500
|
R$ 42.500
|
R$ 43.900
|
– | – | – | – |
2.0 Dynamique Manual | R$ 35.100 |
R$ 39.115
|
R$ 37.900
|
R$ 43.000
|
R$ 47.567
|
R$ 51.959
|
–
|
– |
2.0 Dynamique CVT | R$ 39.000 |
R$ 41.000
|
R$ 41.500
|
R$ 45.650
|
R$ 48.565
|
R$ 52.595
|
R$ 59.225
|
– |
2.0 Dynamique Plus CVT | – | – | – |
R$ 49.595
|
R$ 50.000
|
R$ 53.900
|
R$ 59.934
|
R$ 61.500
|
2.0 Privilege CVT | R$ 39.500 |
R$ 40.500
|
R$ 46.250
|
R$ 47.719
|
R$ 59.500
|
R$ 60.000
|
R$ 68.000
|
R$ 75.900
|
2.0 GT Line | – | – |
R$ 51.900
|
R$ 52.500
|
R$ 54.900
|
R$ 62.900
|
–
|
– |
2.0 GT | – |
R$ 48.500
|
R$ 50.595
|
R$ 54.857
|
R$ 55.041 | – | – | – |
Preço das peças
Original | Paralelo | |
Para-choque (dianteiro) | 1.799 | 550 |
Farol (cada um) | 2.515 | 1.700 |
Pastilhas de freio (par diant.) | 418 | 340 |
Discos de freio (par diant.) | 394 | 310 |
Amortecedores | 2.130 | 1.790 |