Toyota segue a Tesla com máquina que agiliza produção de carros elétricos
"Gigapress" como usada pela Tesla pode poupar tempo na produção de elétricos; processos de horas levam apenas minutos
A Toyota está dando importantes passos tecnológicos para a produção de veículos elétricos com a apresentação de suas próprias “gigapress”, em sua fábrica em Myochi, no Japão. As “gigapress” são grandes máquinas capazes de produzir peças maiores para, assim, construir carros com menor quantidade de peças.
As gigantes têm sido uma característica marcante na produção de veículos da Tesla, que tem chamado a atenção pelo uso dessa tecnologia. Não por acaso, recentemente a chamou o Model Y, da Tesla, de “obra de arte”. Agora, a montadora japonesa parece determinada a seguir os passos da empresa de Elon Musk.
Frequentemente criticada por sua relativa lentidão na criação de veículos elétricos, a Toyota anunciou recentemente planos ambiciosos de construir 3,5 milhões deles por ano, até 2030. Para que isso seja possível, as gigapress, em aprimoramento pela fabricante desde setembro de 2022, foram necessárias.
Durante a demonstração em sua fábrica, a empresa exibiu o processo de vazamento de alumínio fundido em um molde, resultando em uma única peça que compõe todo o terço traseiro do chassi de um veículo.
Este método substitui 86 peças e 33 etapas do processo de fabricação tradicional, reduzindo o tempo necessário para completar essa parte do veículo de várias horas para cerca de três minutos. Assim, a montadora está determinada a alcançar uma produtividade 20% superior à de seus concorrentes.
A previsão é de que essa tecnologia seja implementada na fabricação das seções dianteira e traseira de um novo veículo elétrico da marca, com lançamento programado para 2026.
Além das gigapress, a Toyota está trabalhando para tornar o restante de suas fábricas mais eficiente. Dado que os veículos elétricos demandam mais espaço do que os a combustão, a montadora mantém a tentativa de minimizar o uso de correias transportadoras.
Para isso, aproveitará sua tecnologia e a capacidade dos elétricos de operar em ambientes fechados. A ideia é que os veículos que estejam parcialmente construídos se movam a uma velocidade de 0,1 metro por segundo, atendendo a um robô autônomo que pode levantar o veículo e transportá-lo para outras áreas da fábrica.