Depois de anos de problemas e acidentes supostamente causados pela tecnologia, o sistema Autopilot motivou um recall que envolve mais de 2 milhões de carros da Tesla. O recall foi imposto pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA), que notou que carros da Tesla estiveram envolvidos em 70% dos acidentes de trânsito nos EUA.
A principal preocupação é que o sistema de piloto automático não está fazendo o suficiente para evitar que os motoristas façam o uso indevido da tecnologia de direção autônoma. Na prática, o sistema de piloto automático poderia ser habilitado mesmo sem que houvesse alguém ao volante, mesmo sendo um sistema de nível 2 (que requer a atenção do motorista).
Praticamente todos os Tesla vendidos nos Estados Unidos estão envolvidos no recall. Os modelos afetados são: Model S 2012–2023, Model X 2016–2023, Model Y 2020–2023 e 2017–2023 do Model 3.
Documentos revelam que o Autosteer da Tesla não leva em consideração de forma adequada a presença ou atenção do motorista, especialmente em situações que exigem intervenção do condutor, falta de interação ou ocorre alguma falha que faz o sistema ser cancelado.
A Tesla homologou a solução na forma de uma atualização de software via internet. De acordo com os registros da empresa junto à NHTSA, a atualização incluirá controles e alertas adicionais, além de verificações mais frequentes dos motoristas (como toques e interações com o volante), enquanto o sistema estiver ativado fora de rodovias de acesso controlado.
Além disso, a Tesla está tomando medidas para garantir a responsabilidade dos motoristas. Aqueles que falharem e fizerem uso irresponsável enquanto o Autopilot estiver ativado podem ser suspensos do uso desse recurso, garantindo maior segurança.
Os documentos da NHTSA também revelam que, a partir do meio-dia de 7 de dezembro de 2023, os veículos Modelo S, Modelo X, Modelo Y e Modelo 3 em produção já receberam uma versão de software contendo a atualização com a solução do piloto autônomo.