Petrobras poderá recarregar carros elétricos com turbina eólica gigante
Parceria da Petrobras e Weg resultará no maior aerogerador eólico com capacidade de produzir energia suficiente para carregar milhares de elétricos
A produção de energia limpa é a principal preocupação de muitos mercados inclusive pela crescente necessidade de abastecer uma frota cada vez mais eletrificada (entre híbridos plug-in e elétricos). Só no Brasil, há cerca de 160.000 veículos leves eletrificados em circulação segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
E para atender essa frota que está em pleno crescimento – as vendas aumentaram 58% de janeiro a junho de 2023 – a Petrobras anunciou a construção de uma imensa turbinas eólica em parceria com a Weg, fabricante global de motores elétricos.
O aerogerador terá 220 metros de altura do solo até a ponta da pá – equivalente a seis estátuas do Cristo Redentor – e pesará 1.830 toneladas. A Petrobras investirá R$ 130 milhões nesta iniciativa, que já está em desenvolvimento pela Weg.
Segundo a Petrobras, além de desempenhar um papel na expansão da energia eólica nacional, o desenvolvimento deste aerogerador de 7 MW terá um impacto positivo no futuro da energia eólica no Brasil.
Essa capacidade energética é mais do que suficiente para abastecer bairros residenciais inteiros e uma frota numerosa de carros elétricos. “A Petrobras desenvolve expertise e conhecimento na produção de turbinas eólicas de alta capacidade. Nessa jornada, a transição para a energia eólica oferece oportunidades para explorar o vasto potencial eólico no litoral do país”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
O acordo abrange o desenvolvimento de tecnologias para fabricação de componentes de aerogeradores – adequados às condições eólicas do país – bem como a construção e teste de um protótipo, com considerações técnicas e comerciais da Petrobras. A Weg prevê iniciar a produção em série do equipamento em 2025.
Lembrando que a nossa matriz energética é, em grande parte, limpa e renovável oriunda de hidrelétricas, mas a diversificação é bem–vinda e temos um enorme potencial eólico em nosso litoral que é subutilizado e será bem utilizado para o abastecimento de uma frota cada vez mais eletrificada.