Carro elétrico da Malásia tem 200 cv e é vendido sem bateria para custar pouco
Subcompacto elétrico da Perodua usa leasing de bateria para baixar o preço inicial e oferece 201 cv, 52,5 kWh e autonomia estimada de até 445 km
O movimento para baratear carros elétricos ganhou um exemplo concreto na Malásia com o lançamento do Perodua QV-E. A proposta é oferecer um carro elétrico barato para as massas, ainda que isso signifique vendê-lo sem bateria.
O visual segue tendências atuais, com barras de luz contínuas na dianteira e na traseira, solução já presente em outros muitos carros no mercado. Apesar disso, a Perodua tenta dar identidade ao QV-E com proporções compactas e detalhes alinhados ao uso urbano.
Seu motor elétrico dianteiro entrega 201 cv e 20,1 kgfm, permitindo acelerar de 0 a 100 km/h em 7,5 s. Não há pretensão esportiva, mas sobra agilidade para ultrapassagens e retomadas, dentro da proposta urbana.
A bateria LFP de 52,5 kWh, fornecida pela CATL, garante autonomia estimada de 445 km no ciclo NEDC. Esse dado é otimista e cai para cerca de 327 km em um ciclo mais conservador, como o EPA. Além disso, o QV-E oferece função V2L, que permite exportar energia da bateria para alimentar laptops, ferramentas e pequenos eletrodomésticos.
O ponto mais curioso da estratégia é o preço. O valor inicial anunciado corresponde a 19.400 dólares (R$ 103.417), cifra que chama atenção pelo custo reduzido. Para chegar a esse valor, a fabricante optou por excluir a bateria do pagamento tradicional. Em vez disso, o proprietário firma um contrato de leasing da bateria por nove anos, com mensalidade de 77 dólares (cerca de R$ 410).
Ao fim do contrato, o valor pago pela bateria chega a 7.236 dólares (R$ 38.573). Esse formato desloca parte do custo para um compromisso prolongado, reduzindo a barreira de entrada sem eliminar o preço real do componente mais caro de um elétrico. A estratégia funciona como ferramenta para tornar o QV-E mais acessível na aquisição, mantendo a bateria como eixo financeiro do modelo.
A Perodua investiu cerca de 200 milhões de dólares (mais de R$ 1 bilhão) no desenvolvimento do QV-E, sinalizando a importância do projeto para sua estratégia industrial. A produção local deve começar em breve, com capacidade inicial de aproximadamente 500 unidades por mês e expectativa de alcançar três mil unidades mensais no terceiro trimestre de 2026.
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