O furacão chamado BYD dominou não apenas o segmento de carros elétricos no Brasil, mas também dos híbridos. Ainda que bons concorrentes sejam híbridos convencionais (e, portanto, mais baratos), o BYD Song Plus foi o carro híbrido mais vendido do país em fevereiro.
Os chineses não parecem relaxados, entretanto, já que a nova geração do BYD Song Plus já teve seu design revelado e até já começou a ser testado na China. As alterações não são apenas visuais e incluem um novo sistema de eletrificação, adiantando aquilo que logo será visto nas ruas brasileiras.
O novo Song Plus surgiu na internet chinesa, em uma imagem computadorizada que o revela sem disfarce. Logo se nota o formato dos faróis, que estão mais alongados e parecem mesclar o desenho antigo com traços do BYD Yuan Plus, SUV elétrico também vendido no Brasil.
A larga grade frontal se mantém, mas o padrão das grelhas adota pontilhados cromados. Nas laterais, as entradas de ar se mantêm inalteradas, ao passo que a régua na base do capô está mais larga e troca o cromo por pintura em preto.
Na lateral, chamam atenção as maçanetas, que agora são retráteis tanto para diminuir o arrasto aerodinâmico quanto para incrementar a estética. As caixas de roda deixam de ser perfeitamente circulares e se aproximam do utilizado pela Jeep, por exemplo.
Após o vazamento da dianteira, usuários chineses confirmaram que flagras recentes de um SUV da BYD, rodando camuflado no país oriental, correspondiam ao novo Song Plus. Dessa forma, é possível saber um pouquinho da traseira, onde se destaca a nova lanterna. A peça se mantém unificada a e com régua iluminada que une as duas extremidades da tampa do porta-malas, mas traz novos contornos e assinatura luminosa. Também houve alterações na abertura do porta-malas e nas linhas da carroceria
Os mistérios agora se concentram no interior do Song Plus e na sua mecânica. Quanto ao segundo caso, a imprensa da China considera provável o uso da nova e quinta geração de mecânica híbrida DM-i da BYD.
A ‘mágica’ da tecnologia ainda não foi explicada em detalhes, mas o sistema DM, como é chamado, tem dois modos: DM-p, com foco na performance, e o DM-i, cuja prioridade é a eficiência e que já é oferecido no Brasil.
O conjunto atual é formado pelo moto 1.5 Atkinson com 110 cv, unido ao motor elétrico de 179 cv, com transmissão e-CVT. Mas são esperadas evoluções tanto para os dois motores quanto para a bateria, que terá maior capacidade, o que permitirá um consumo médio tão baixo quanto 34,5 km/l.
As baterias Blade, laminares de fosfato-ferro-lítio, são tecnologia exclusiva da BYD, e contribuem para que, com tanque cheio (com cerca de 60 litros) e carga total, seja possível rodar quase 2.000 km sem parar. É praticamente uma viagem de São Paulo (SP) a Salvador (BA) sem interrupções. Ou, quem sabe, da sede da empresa em São Paulo até a sua futura fábrica em Camaçari (BA), do lado da capital baiana.