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Mazda terá novo motor Wankel para esportivo elétrico com bateria pequena

A ideia é criar uma motor a combustão com dois rotores, que funcionará exclusivamente como extensor de alcance, podendo oferecer ainda mais potência e energia

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 15 dez 2024, 16h04 - Publicado em 15 dez 2024, 10h00
Mazda motor rotativo com dois rotores
 (Divulgação/Mazda)
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Não existe um consenso: carros com propulsão elétrica mas que usam o motor a combustão só para gerar energia podem ser tratados como elétricos de autonomia estendida ou como híbridos. O fato novo é que a Mazda quer utilizar esse sistema para garantir que seu novo carro esportivo seja leve, potente e capaz de reduzir as emissões em até 90%.

Para agradar ao público norte-americano, seja em termos de desempenho e de demandas ambientais, a montadora está trabalhando em um novo motor rotativo, Wankel, com dois rotores. Até os fãs dos antigos Mazda RX-7 ficarão felizes.

A ideia é usar o motor rotativo como um extensor de autonomia para alimentar os motores elétricos. E o motivo por trás dos dois rotores é simplesmente para gerar mais energia e, consequentemente, entregar mais potência às rodas.

“Se estamos pensando no mercado dos EUA, um rotor não é suficiente. Dois rotores são necessários para gerar mais energia. Testamos com o rotor único. A próxima fase será passar para dois. Os rotores giram separadamente em diferentes câmaras com um eixo. Precisamos gerar mais eletricidade. Dois rotores gerarão mais energia, o que é mais adequado às características do mercado dos EUA.” explicou o CEO Masahiro Moro em entrevista à Autocar.

Mazda motor rotativo com dois rotores
Com dois rotores, motor poderia gerar mais energia e mais potência para satisfazer o público americano (Divulgação/Mazda)
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O desafio da Mazda, porém, é criar um sistema que não só seja suficientemente potente, mas também que atenda aos requisitos de emissões. E o candidato para estreá-lo nós já conhecemos. O provável é que o sistema híbrido com motor de dois rotores chegue com o cupê esportivo Iconic SP, que foi anunciado como um modelo de produção há cerca de um mês.

Mazda Iconic SP
O Iconic SP é o maior candidato à receber esse sistema EREV (Divulgação/Mazda)

O Iconic SP é o modelo provável, justamente porque quando a Mazda revelou o modelo, ainda na fase de conceito, afirmou que ele teria uma configuração EREV de 370 cv com motor de rotor duplo capaz de reduzir as emissões em até 90% quando funciona com combustíveis neutros em carbono. Ao mesmo tempo, dispensa as grandes baterias necessárias para carros híbridos plug-in e elétricos.

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Porém, outros modelos estão em pauta. A Mazda promete um sistema compacto, que pode ficar ainda menor. Logo, é possível que vejamos ele equipado até o menor MX-5.

Mazda Iconic SP
Desde de que foi anunciado como um conceito, a marca afirma que ele terá uma motorização com rotor duplo e sistema elétrico EREV (Divulgação/Mazda)
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O sistema EREV com rotor duplo é um caminho que Mazda vai percorrer, mas não será o único. Ao que tudo indica, a montadora está explorando outras aplicações para diversificar sua gama de motores.

Uma delas nós já conhecemos bem. Trata-se do projeto colaborativo com a Toyota e a Subaru para desenvolver motores a combustão mais eficientes. Cada uma apresentou seus protótipos, que logo entrarão em produção, e os da Mazda incluíam não só um extensor de alcance com rotor duplo, como também um motor compacto de rotor único.

Mazda Iconic SP
Agora que foi confirmado como modelo de produção, a expectativa para o novo motor cresce ainda mais (Divulgação/Mazda)
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Fora isso, segundo o site japonês Best Car, a Mazda também estaria trabalhando em um sistema híbrido mais tradicional. Nesse caso, um motor rotativo com um motor seria montado atrás do eixo dianteiro, sendo usado para tracionar as rodas traseiras através de uma caixa de marchas transeixo. Outros dois motores elétricos seriam instalados, um em cada roda dianteira, podendo ser desativados. Desse modo, o carro passaria a funcionar apenas como um ICE, ao contrário do sistema EREV.

Apesar de agradar os mais puristas por conta do seu funcionamento mais tradicional do motor a combustão, esse projeto pode ser mais difícil de se adaptar aos tempos modernos por conta das emissões. Uma saída seria aumentar o uso de combustíveis neutros em carbono.

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