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Impressões: VW ID.4 GTX é elétrico esportivo que deixa Golf GTI para trás

Tração integral e dois motores, ID.4 GTX exibe genes esportivos, e garante boa autonomia. Interior espaçoso é diferente de qualquer SUV que você já viu

Por Fábio Black
23 set 2021, 07h50
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  • The new Volkswagen ID.4 GTX
    Dianteira traz elementos que denunciam o parentesco com nosso Taos (Divulgação/Volkswagen)

    A sigla GTX que acompanha a nova versão do SUV elétrico ID.4 é um claro indicador de que o novo modelo da VW não veio ao mundo apenas para andar sem poluir. Com 299 cv e 46,9 kgfm, o ID.4 GTX tem desempenho que destoa de seu visual pacato.

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    A marca declara 0 a 100 km/h em 6,2 s. Ou seja, deixa para trás o Golf GTI. Mas o forte poder de aceleração é apenas um bônus, já que o mais importante em carros elétricos é a independência em relação ao petróleo.

    O ID.4 GTX tem 95 cv a mais que a versão mais potente do ID.4 normal. Só para lembrar, o SUV foi lançado no início do ano com um motor na traseira, capaz de gerar 148, 170 ou 204 cv, de acordo com a versão. Já no GTX, o salto na cavalaria é o resultado de um segundo motor, instalado na frente, o que explica a tração integral.

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    Começando pelo visual, o ID.4 esportivo tem teto e spoiler traseiro pretos, assim como a parte inferior do para-choque frontal. O discreto rack recebeu acabamento prateado e o para-choque traseiro (maior do que no ID.4 menos potente) ganhou um novo difusor com friso na cor cinza.

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    Além do nome na traseira, teto preto identifica a nova versão (DIvulgação/Quatro Rodas)

    Os bancos são mais esportivos (um pouco mais duros e com apoio lateral reforçado) e o traseiro tem encosto bipartido (60/40) e rebatível, para aumentar o espaço de carga.

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    Nota-se que a VW quis tornar o aspecto interno mais “rico” do que nos ID menos potentes, criticados pelos plásticos demasiadamente simples. Há mais revestimento imitando couro (nenhum animal foi sacrificado na construção deste automóvel) e pespontos, para elevar a qualidade percebida.

    Continua a existir o quadro de instrumentos liliputiano (5,3”), além de uma central multimídia com tela de 10” ou 12” (dependendo da versão) direcionada para o motorista.

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    VW caprichou
    um pouco mais no acabamento da versão GTX (Divulgação/Quatro Rodas)

    Em termos de conectividade, o ID.4 é capaz de tudo e mais alguma coisa, caso de emparelhamento de celulares sem fios, possibilidade de criação de diferentes perfis de usuários, atualizações remotas (over the air) etc.

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    Há também head-up display com recursos de Realidade Aumentada, que oferece combinação de cores com melhor visualização do que no primo Audi Q4 e-tron (os dois empregam a mesma plataforma elétrica MEB).

    Competente e divertido

    A avaliação foi feita em Braunschweig, na Alemanha, em um trajeto de 135 km que incluiu autobahn, estradas secundárias e trechos urbanos. Saímos com autonomia para 360 km e terminamos o roteiro com 245 km restantes.

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    Levando-se em conta a elevada potência e o fato de haver dois motores recebendo energia da enorme bateria, pode-se considerar que o consumo foi bastante comedido. Nisso, a temperatura ambiente de 24,5 oC pode ter contribuído (as baterias gostam de temperaturas amenas).

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    (Divulgação/Quatro Rodas)

    E essa média acaba por ser ainda mais positiva levando-se em conta que fizemos diversas acelerações e retomadas de velocidade (mesmo sem o objetivo de igualar o 0 a 60 km/h em 3,2 s ou o 0 a 100 km/h em 6,2 s). A velocidade máxima é de 180 km/h (ante 160 km/h do ID.3 e do ID.4 normal). A VW declara autonomia de 480 km.

    O ID.4 GTX é firme no asfalto e mostra bom comportamento em curvas, a despeito de suas mais de 2,2 toneladas. Além da bateria, há os 150 kg dos dois motores elétricos, sendo 90 kg do traseiro e 60 kg do dianteiro.

    A direção progressiva e comunicativa torna-se mais direta à medida que a velocidade aumenta. Nota-se apenas alguma tendência para alargar trajetórias quando nos aproximamos dos limites de aderência.

    A versão avaliada veio com o pacote Sport, que inclui suspensão rebaixada em 15 mm. São 15,5 cm do solo. A firmeza da suspensão faz com que se note menos a variação do amortecimento eletrônico (com 15 níveis, opcional que estava montado na unidade de teste).

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    The new Volkswagen ID.4 GTX
    Sem túnel de transmissão, sobra espaço para as pernas (Divulgação/Quatro Rodas)

    Há cinco modos de condução: Eco (velocidade limitada a 130 km/h, que deixa de existir quando passamos a resistência no curso do pedal do acelerador), Comfort, Sport, Traction (a suspensão fica mais suave, a distribuição de torque fica equilibrada entre os dois eixos e há um controle de patinamento das rodas) e Individual (personalizada).

    O painel, no entanto, não informa o modo selecionado, o que pode confundir o motorista. Falta também a opção de regulagem de modos de dirigir por meio das borboletas no volante, como no Audi Q4.

    Os engenheiros da VW dizem que a intenção foi tornar a condução mais parecida possível com a de automóveis com motores térmicos. Também alegam que a rodagem mais livre (sem a atuação do sistema de recuperação) é a forma mais eficiente de dirigir um carro elétrico.

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    Os bancos esportivos são mais duros e têm apoios laterais (Divulgação/Quatro Rodas)

    Mas não deixa de ser interessante poder utilizar a desaceleração usando os níveis mais fortes para dirigir em cidade sem tocar no freio e estendendo a autonomia. O modelo tem o nível 0 de retenção, a posição B no seletor (até um máximo de desaceleração de 0,3 g) e também uma opção intermediária no modo Sport.

    Espaço de sobra  O ID.4 oferece mais espaço do que modelos do mesmo porte com motor a combustão. Isso porque não há caixa de marchas volumosa (são duas transmissões pequenas, uma para cada motor) e pelo fato de o propulsor elétrico dianteiro ser muito menor do que um similar térmico.

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    Os passageiros do banco traseiro têm mais liberdade de movimentos, dada a inexistência de túnel central. No meu caso, com 1,80 metro de altura, me senti confortável, com folga de uns bons 5 cm até o teto e mais do que isso em relação ao encosto dos bancos da frente.

    O porta-malas, de 543 litros, é ligeiramente superior ao do Q4 e-tron (de 520 a 535 l), mas muito maior do que o de outros SUVs elétricos rivais, como o Lexus UX 300e (367 l) e o Mercedes EQA (340 l). É possível variar a base do porta-malas em duas posições. O compartimento inferior acomoda o cabo elétrico para carregamento da bateria.

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    (Divulgação/Quatro Rodas)

    O ID.4 GTX pode ser carregado em corrente alternada (CA) até 11 kW (7h30 para carga completa) e corrente contínua (CC) até 125 kW. Neste caso, 38 minutos são suficientes para encher a bateria de 5 a 80% de sua capacidade.

    A VW garante que ao fim de oito anos ou 160.000 km a bateria de 77 kWh ainda terá 70% de sua carga original. Ela fica no assoalho, acomodada na enorme distância de 2,76 metros entre os eixos.

    A suspensão independente tem sistema McPherson na frente e multibraços atrás. Em ambos os casos, ela é montada em subchassis. Tal como nos primos elétricos do Grupo VW, os freios traseiros utilizam tambores.

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    Segundo a fabricante, uma das razões é que boa parte da frenagem é feita pelo motor elétrico (que converte energia cinética em elétrica nesse processo). Como é comum em automóveis eletrificados, os freios têm pouca atuação no início do curso do pedal. Oficialmente, a Volkswagen não informa se tem planos de trazer o modelo para o Brasil.

    The new Volkswagen ID.4 GTX
    (Divulgação/Quatro Rodas)

    Veredicto: A versão esportiva agradou bastante. Apresentou desempenho superior e comportamento dinâmico exemplar, além do acabamento mais caprichado que o de seus pares na marca.

    Ficha técnica

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    CAPA quatro rodas setembro edição 749
    (arte/Quatro Rodas)
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