A Hyundai tem feito um movimento inverso: deixado linhas futuristas para modelos de produção, como os Ioniq 5 e Ioniq 6, e resgatado traços nostálgicos para seus carros-conceito. É o que já aconteceu com o Grandeur Heritage Series, um Azera da década de 1980 trazido ao presente, e com o Pony, um estudo de design da marca em parceria com Giorgetto Giugiaro.
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Agora, a marca foi além na homenagem ao cupê que nunca existiu. Uniu este resgate à sua divisão esportiva N, como um exercício de imaginação sobre como teria sido um Pony Coupe esportivo em 1974, quando o primeiro carro da Hyundai foi lançado. O conceito, não por acaso, é batizado de N Vision 74.
No entanto, o conceito esportivo ganha traços próprios em relação ao convencional, apresentado em 2021, e também se inspira no Hyundai N 2025 Vision GT, desenvolvido para a franquia de jogos Gran Turismo.
Faróis e lanternas têm iluminação em pontos de luz, como nos Ioniq, quase camuflados às grades. Na traseira, se destacam os enormes aerofólio e difusor de ar, enquanto as laterais “ostentam” as entradas de ar e as enormes rodas fechadas.
O N Vision 74 é grande: tem 4,95 metros de comprimento, 1,99 m de largura, 1,33 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. São medidas ligeiramente menores do que um BMW Série 8 Gran Coupé. Não há imagens do interior do modelo, mas a marca diz que ele está “centrado no condutor com uma mistura de elementos clássicos e design moderno, como quadro de instrumentos digital e botões analógicos”.
Híbrido, mas sem combustão
Mais do que um exercício de design, o N Vision 74 também apresenta uma mecânica híbrida fora do convencional, sem a existência de um motor a combustão a gasolina na combinação. No cupê, um motor elétrico se combina a um sistema de célula de combustível de hidrogênio. Eles podem funcionar de forma independente, de acordo com a demanda.
É um conjunto bastante complexo, mas que a Hyundai aponta como muito eficiente, com um equilíbrio entre alto desempenho e eficiência na refrigeração. “Este sistema permite melhor vetorização de torque por ter motores duplos na traseira, permitindo uma experiência de curva precisa e responsiva”, garante.
Juntos, os motores entregam até 680 cv e 91,8 kgfm, além de uma velocidade máxima “acima de 250 km/h” e uma autonomia prospectada de até 600 km. A bateria, de 62,4 kWh, pode ser recarregada a até 800V, enquanto o tanque de hidrogênio, com capacidade de 4,2 kg, é reabastecido em até cinco minutos. A bateria de células de combustível tem 95 kW máximos.