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Hyundai do Brasil testará novo etanol que não polui e ainda limpa o ar

Junto à USP, Hyundai aposta na geração de hidrogênio a partir do etanol de segunda geração, que pode ser recordista de sustentabilidade

Por Eduardo Passos
8 mar 2024, 15h01

Com a casa ordem, a Hyundai começa a implantar um pacotão de novidades no Brasil. Mas se engana quem acha que os sul-coreanos trarão apenas carros novos: haverá pesquisa de ponta no campo de energias limpas, aproveitando características que só nosso país oferece no mundo.

Estamos falando do hidrogênio verde, que se refere ao gás hidrogênio obtido em processos com elevado consumo de eletricidade, mas que vem de fontes limpas como solar ou eólica. Há, contudo, uma terceira via ainda mais eficiente, a partir de um etanol “especial”.

É etanol de segunda geração, que utiliza partes menos nobres da cana, como bagaço, folhas e raízes na produção do álcool. O material que seria jogado fora acaba originando combustível que, em sua fabricação, emite 30% a menos de gás carbônico que o etanol convencional. Como as plantas capturam carbono em sua vida, essa economia do ‘novo’ etanol faz a conta fechar negativa.

Hyundai Nexo é vendido em série, e será usado para testes no Brasil
Hyundai Nexo é vendido em série, e será usado para testes no Brasil (Divulgação/Hyundai)

A Hyundai segue a Toyota, se tornando parceira da Universidade de São Paulo no aperfeiçoamento da reforma a vapor: esse é o nome do processo que une álcool e água sob intenso calor e uso de catalisadores. Os desafios incluem o material desses catalisadores (que não podem ser caros), a energia gasta no aquecimento (que deve ser a menor possível) e o produto final da reação, que, idealmente, gera apenas gás hidrogênio e resíduos não-poluentes.

Caso dê certo, podemos esperar postos que se parecem com postos de gasolina, mas, na verdade, recebem os caminhões com álcool e utilizam-no para gerar o gás hidrogênio, que abastece veículos com células a combustível.

Modelo de será o posto de hidrogênio a partir do etanol que a USP está construindo
Modelo de como será o posto de hidrogênio a partir do etanol que a USP está construindo (Reprodução/Internet)

É o que a Nissan tentou, sem sucesso, fazer na década passada, mas com a reforma acontecendo dentro do carro, ao invés de fora dele. A Toyota, por sua vez, trouxe o Mirai para testes e os sul-coreanos trarão o Hyundai Nexo, SUV movido a hidrogênio que comandará os trabalhos no país (e deve ser utilizado já em 2024).

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protótipo da Nissan que utiliza o SOFC
Projeto da Nissan no Brasil tinha abordagem mais ousada e não deu certo (Divulgação/Nissan)

Assim, carros brasileiros de um futuro próximo podem não apenas evitar a piora do efeito estufa, mas eliminar parte dos gases poluentes que são emitidos. O Brasil têm compromissos ambientais que exigem a redução desses gases.

Hyundai prevê futuro com carros a hidrogênio que ainda mantêm esportividade 'raiz'
Hyundai prevê futuro com carros a hidrogênio que ainda mantêm esportividade ‘raiz’ (Divulgação/Hyundai)

O encontro do presidente Lula com o CEO global da marca, Eisun Chung, indica que há interesse estatal nos estudos, inclusive com chance do país se tornar um exportador de hidrogênio, que iria de navio para outros mercados. Ao todo, o investimento da Hyundai será de R$ 5,4 bilhões nos próximos oito anos, servindo também para expansões fabris e a venda de novos modelos eletrificados.

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