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Governo investe R$ 1,6 trilhão na produção de baterias de elétricos no Brasil

Montante será dividido em diferentes setores, entre eles, o de mobilidade; objetivo é ter baterias nacionais em 1/3 dos eletrificados até 2033

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 6 nov 2024, 13h36 - Publicado em 6 nov 2024, 13h00
bateria
 (Divulgação/Quatro Rodas)
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Na última quarta-feira (30), o governo federal anunciou, em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um investimento de R$ 1,6 trilhão que serão divididos entre projetos de infraestrutura, saneamento básico, moradia e mobilidade até 2033. A iniciativa faz parte da Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política pública lançada em janeiro deste ano.

No âmbito da mobilidade, os investimentos serão destinados para fomentar a indústria de carros elétricos nacionais, mais especificamente para desenvolver a produção de baterias. Para isso, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) estabeleceu duas metas: até 2026, espera-se que 3% dos veículos eletrificados brasileiros utilizem baterias nacionais. Já em 2033, a ideia é chegar a 33%, ou seja, praticamente um terço.

Boa parte do montante investido (R$ 1,06 trilhão) virá do setor privado, enquanto o restante será em subsídios e linhas de crédito cedidas pelo governo. O anúncio animou empresas do setor, como a WEG, que estava presente na cerimônia e aproveitou o momento para anunciar aporte de R$ 1,8 bilhão até 2029 para desenvolver a cadeia de produção de baterias para carros elétricos nacionais. Além da WEG, a BYD e a BorgWarner também anunciaram que vão investir na produção nacional de baterias.

No evento, foi lembrado do potencial que o Brasil tem para a produção de baterias de carros elétricos. Por aqui, encontramos grandes reservas de lítio e outros minérios usados como matérias-primas das células. Porém, todo o recurso extraído e exportado para alimentar a indústria de outros países. 

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A WEG também aproveitou para fazer apontamentos para o governo federal do que pode ser feito para ajudar que a indústria se desenvolva. Daniel Godinho, diretor de sustentabilidade e relações institucionais da WEG, cobrou diretamente do governo sobre a chegada de 2.500 ônibus elétricos que estão prometidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, Godinho também pediu atenção especial do poder público a duas pautas específicas. A primeira delas é para a criação de incentivos e estruturas para acelerar a transição dos veículos a combustão para os elétricos. Sobre isso, o governo afirmou que as prioridades para a mobilidade do país são os sistemas de propulsão de carros elétricos, juntamente com o desenvolvimento de cadeias metro ferroviárias.

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Sistema de armazenamento BESS (Enel/Divulgação)
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A outra é para o investimento em BESS, sigla em inglês para Sistema de Armazenamento de Energia por Baterias. Como o nome sugere, são sistemas que utilizam baterias para armazenar a energia elétrica produzida em excesso ou quando há um período de baixa demanda. Em momentos onde a demanda for muito alta ou houver falta de energia, as BESS são acionadas, liberando a energia estocada.

“O BESS conta com fabricação nacional e nós temos necessidade de viabilizá-lo, porque ele garante a estabilidade da rede com a maior penetração de renováveis. Mais BESS significa mais eólicas e solares no Brasil, portanto é uma necessidade. E, por isso, precisamos antecipar a entrada de BESS nos leilões”, afirmou Godinho. 

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