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Estudo diz que homens se sentem menos másculos dirigindo carros elétricos

Pesquisador americano descobriu que boa parte dos homens prefere evitar os carros elétricos para não interferir na sua imagem, apesar de gostarem da aceleração

Por João Vitor Ferreira
29 set 2024, 09h37
BYD Dolphin Mini 2024
Homens sentem sua masculinidade afetada dirigindo um elétrico (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
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Você, homem, já se perguntou o porque não gosta dos carros elétricos? A maioria vai dizer que é sem graça, ou que falta o ronco do motor. Mas para um pesquisador americano a resposta tem a ver com a masculinidade.

Mike C. Parent, pesquisador da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa com 400 homens entre 18 e 85 anos de idade para entender qual a relação entre suas atitudes e preferências em relação aos carros e sua percepção como homem na sociedade. A conclusão é que 40% disseram que evitam os elétricos pois acham que isso afeta sua masculinidade.

“As decisões de compra de bens de consumo são tomadas, até certo ponto, levando em consideração como essas compras refletem identidades pessoais”, disse autor, em seu artigo científico publicado pela American Psychological Association.

VOLVO EX30 ultra x renault megane e-tech
Volvo EX30 e Renault Megane E-Tech (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Parent usou a abordagem de “contingência da masculinidade” buscando entender como ela influencia nos hábitos de consumo dos homens e como ela pode afetar a sua autoimagem. Esse conceito traça um paralelo direto entre a autoestima do homem e o senso de masculinidade, que pode ser alterado a partir da percepção de outras pessoas e do que elas consideram ou não ser “coisa de homem”.

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Mas apesar de boa parte dos entrevistados não se sentirem homens dirigindo carros elétricos, o pesquisador descobriu um dilema interessante. Apesar desse “ranço”, atributos como a rápida aceleração e a inovação tecnológica são fatores que fascinam o público masculino, apesar de estarem diretamente relacionados aos elétricos.

Tesla Cybertruck (4)
O marketing da por trás da Cybertruck sempre tenta relacioná-lo a algo aventureiro, robusto e indestrutível, justamente para atrair o público masculino americano fã de picape (Divulgação/Tesla)

A diferença é que décadas de marketing e propaganda sempre associaram os carros potentes à gasolina, fumaça e manchas de óleo. Já o carro elétrico não tem nada disso, e passa uma imagem bem menos agressiva. Em poucas palavras, é o que chamamos por aqui de “carro raiz” e “carro Nutella”.

As fabricantes até tentaram mudar um pouco isso adicionando sons de motor ao seus elétricos, mas convenhamos: não enganam ninguém. E pior, podem até prejudicar essa imagem do carro elétrico. Mas a realidade é que o marketing por trás dos elétricos não visa um sexo ou orientação sexual especifica, mas sim quem tem dinheiro para pagar.

Mustang Mach E
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Apesar disso, há quem esteja tentando fazer diferente e o melhor exemplo é a Tesla Cybertruck. A picape do Elon Musk tem como principal estratégia de marketing ser robusta, forte, parruda e até indestrutível, algo que dificilmente vemos ser associado aos carros elétricos. Agora, se isso realmente convenceu o público, deixamos para que vocês tirem suas próprias conclusões.

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