Dodge Challenger elétrico fracassa em vendas e terá versão única em 2026
Versão mais básica do muscle car elétrico encalhou a ponto de ter descontos ao redor dos 40% nos EUA

A força imediata dos motores elétricos parecia convidativa para os muscle cars. Afinal, são carros que historicamente têm muita força e uma certa facilidade para queimar pneus. Mas esse argumento não foi suficiente para o Dodge Charger Daytona, versão elétrica da nova geração do Charger.
As vendas do Charger Daytona andam tão em baixa nos Estados Unidos que a Dodge decidiu que a linha 2026 perderá a versão de entrada R/T.

De acordo com a Dodge, esta pode ser uma decisão temporária enquanto a empresa avalia os efeitos das novas políticas tarifárias do governo Trump.
A Dodge quer focar tanto na versão Scat Pack, mais potente e com quatro portas, quanto no Charger Sixpack, versão com motor seis cilindros biturbo – que poderá evoluir para um V8 no futuro.

Nos Estados Unidos, há unidades do Charger Daytona R/T em estoque de concessionárias com descontos ao redor dos 40%, sendo vendido por cerca de 34.000 dólares (R$ 192.500). É um indicativo de que a versão não foi bem recebida por lá e encalhou.
O Dodge Charger Daytona R/T tem um motor elétrico traseiro de 456 cv e 55 kgfm. Já a versão Scat Pack tem dois motores elétricos que somam um pico de 680 cv e 86 kgfm, além de ter tração integral, e chega aos 100 km/h em 3,3 segundos – contra 4,7 s da versão de entrada.
Além da dificuldade para mudar a mentalidade dos clientes, o muscle car tem um problema sério de preço, que poderá ser reduzido na linha 2026. Ao colocar os opcionais na versão topo de linha, é possível passar dos US$ 100.000 (R$ 585.120), algo que não é normal para os esportivos da Dodge.