Chrysler não lança carros há quase 10 anos e adia elétrico inédito
E-mail vazado revela que o projeto está suspenso por tempo indeterminado, mas CEO descarta qualquer crise e projeta novidades para 2026

Para quem esperava ver no conceito Airflow uma possível ressurreição da Chrysler, terá que esperar mais um pouco. Aparentemente, a marca, que já não lança um novo modelo há quase 10 anos, desistiu do elétrico que seria derivado do carro-conceito, cujo codinome de projeto era C6X (CA).
A ideia não foi abandonada por completo, porém. O site Mopar Insiders teve acesso a um email da Stellantis enviado aos seus fornecedores que trabalhavam no projeto do Airflow. A mensagem dizia o seguinte: “Prezado Fornecedor, o programa C6X (CA) foi suspenso até novo aviso. Portanto, qualquer gasto associado a este programa deve ser suspenso imediatamente.”
O Chrysler Airflow foi apresentado durante a CES de 2022. Ele ganhou uma nova versão chamada Airflow Graphite Concept no mesmo ano. Ambas pareciam prontas para a produção, bastando apenas a Stellantis ter a sua plataforma STLA Large — a mesma de modelos como o Dodge Charger e Jeep Wagoneer S — pronta para uso.

Não é de agora que o planejamento do elétrico da Chrysler parece atrasado ou conturbado. Em 2023, Ralph Gilles, chefe de design da Stellantis, disse ao site Motortrend que o projeto estava reiniciando do zero a pedido de Chris Feuell, CEO da marca.
“Ela queria algo que não tivesse literalmente nada a ver com qualquer coisa que vimos hoje, nem mesmo com o carro-conceito Airflow”, disse Gilles sobre o pedido da CEO.

Por enquanto, os planos da Chrysler parecem meio incertos. Feuell garantiu uma nova geração da minivan Chrysler Pacifica para 2026, com direito a versão elétrica. Há indícios de que um SUV elétrico também esteja próximo.
Em entrevista ao site CNBC, no início de janeiro, a CEO se mostrou bem otimista quanto: “A marca Chrysler veio para ficar. Está sendo bem investido. A marca não está na mesa para eliminação e tem um futuro muito brilhante”, disse ela em alusão à frase de Carlos Tavares, ex-CEO do grupo Stellantis, que afirmou que marcas de baixo desempenho seriam excluídas.