Embalada pelo sucesso do Dolphin, carro elétrico mais vendido do Brasil em 2023, e pelo recente lançamento do Dolphin Plus, com 204 cv, a BYD decidiu aumentar sua família de golfinhos elétricos. Seu carro elétrico mais barato, o Seagull, será lançado no Brasil até março como BYD Dolphin Mini, nome específico para mercados latino-americanos.
O BYD Dolphin Mini tem tudo para se tornar o carro elétrico mais barato do Brasil, estreando no Brasil com preços inicial ao redor dos R$ 100.000. Na China, seus preços variam entre R$ 49.700 e R$ 60.500, na conversão direta.
Mesmo se custar o dobro no Brasil, ainda será o elétrico mais barato com boa vantagem frente aos R$ 119.990 do Caoa Chery iCar.
O BYD Seagull EV foi lançado na China em abril e se tornou um sucesso imediato por ser interessante e barato. Já chegou a ultrapassar o Tesla Model Y, se tornando o carro elétrico mais vendido no mercado chinês.
O lançamento do Dolphin Mini no Brasil está previsto para fevereiro, chegando nas concessionárias brasileiras até março. A volta do imposto de importação para carros elétricos e híbridos pode não alterar a estratégia de preços agressiva da fabricante chinesa.
Por que o Dolphin Mini é tão barato?
O segredo para ser barato? A bateria do BYD Dolphin Mini pode ser feita de íons de sódio, uma alternativa mais barata que o lítio usado pela maioria das fabricantes de baterias. A tecnologia é resultado do investimento de marcas chinesas para tornar os carros elétricos mais acessíveis a uma parcela maior da população.
As baterias de íons de sódio começaram a ser testadas no ano passado e estrearam com o lançamento do Seagull, em abril. Segundo a imprensa chinesa, a BYD deve equipar todos os seus carros abaixo de 200.000 yuans (cerca de R$ 150.000) com esse tipo de tecnologia.
O primeiro conceito, no entanto, partiu da parceria entre JAC e Volkswagen, que desenvolvem juntos veículos elétricos. A bateria de sódio suporta taxas de carregamento mais altas, vida útil mais longa, melhor desempenho em temperaturas baixas, além do menor custo de produção.
Como é o BYD Dolphin Mini
Menor carro da BYD, o Dolphin Mini tem 3,78 metros de comprimento, 1,71 m de largura, 1,54 m de altura e 2,5 m de entre-eixos. É 10 cm maior que um Renault Kwid e 20 cm menor que um Citroën C3, mas seu entre-eixos é de um Fiat Argo, o que ajuda no espaço interno.
Há duas configurações mecânicas. A primeira combina o motor elétrico de 75 cv a um conjunto de baterias de 30 kWh e tem autonomia de 305 km.
A segunda é chamada de Turbo na China, tem 102 cv e baterias de 38,8 kWh, chegando a uma autonomia de 405 km. A velocidade máxima do compacto é de 130 km/h.
O painel com saídas de ar-condicionado redondas, porta-objetos central e tela de 10,8″ (giratória) para a central multimídia tem exatamente o mesmo estilo visto no BYD Dolphin.
A lista de equipamentos da versão de entrada contempla apenas airbags frontais e laterais (não há airbags de cortina), controle de estabilidade e até assistente de estacionamento.
A versão topo de linha ainda tem piloto automático adaptativo, carregamento por indução para smartphone, cartão NFC como chave, frenagem de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito e alerta de saída de faixa – equipamentos que só o Dolphin Plus tem no Brasil.
Seu lançamento no Brasil foi confirmado para 2024 pela vice-presidente global da montadora, Stella Li, durante o anúncio das três fábricas de elétricos da BYD em Camaçari, na Bahia. A própria fabricante já trata seu “elétrico popular” como Dolphin Mini, confirmando a mudança do nome.
Agora, também existe a expectativa que o Dolphin Mini seja fabricado no Brasil junto com de outros modelos já confirmados, como Dolphin, Song Plus e Yuan Plus.