Há 30 anos, o jornalista Douglas Mendonça anunciava nas páginas da Quatro Rodas que tinha “um novo carro na praça”. Esse novo modelo, segundo ele, esbanjava conforto e economia, mas “ficou devendo desempenho”.
Mendonça falava do Volkswagen Logus, um dos símbolos da Autolatina. Essa era a junção da Ford com a Volkswagen que produziu modelos como o Versailles na base do Santana e o próprio Logus, que era basicamente um Escort. Os dois médios saiam da mesma linha de produção na fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP).
Na edição de março daquele ano, Mendonça contava que o carro estava nas lojas desde o dia 15 de fevereiro e era oferecido nas versões CL 1.6, CL 1.8, GL 1.8 e GLS 1.8.
A Volkswagen diz que “à época, o Logus impressionou a imprensa especializada pela ótima posição ao volante e pela ergonomia acertada, com painel de instrumentos completo e controles bem posicionados”. A Quatro Rodas concordou em seu primeiro teste. “É um carro bom de dirigir, com excelente posição para o motorista, mas seu desempenho está longe de agradar aos apressados”, destacou Mendonça em 1993.
O carro testado era equipado com motor AP 1.8 de 86 cv e 14,5 kgfm de torque. A outra opção era um 1.6 CHT, da Ford, com 76 cv e 12,3 kgfm. Só no ano seguinte que o Logus ganhou um AP 2.0 de 113 cv. Após 125.332 unidades fabricadas, a produção se encerrou em dezembro de 1996.
Em seu museu dentro da fábrica de São Bernardo do Campo, a Volkswagen guarda um exemplar fabricado em 1995. Na versão GL com motor 1.8, é pintado na bela tonalidade azul riviera e tem o interior cinza e apenas 3.000 km rodados como carro de teste.