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Clássicos: primeiro Suzuki Jimny nasceu em outra fabricante japonesa

Cinquentenário, o Suzuki sempre demonstrou a valentia necessária para andar ao lado dos melhores fora de estrada

Por Felipe Bitu
18 mar 2022, 21h37

Os chamados keijidōsha são os menores automóveis produzidos no Japão. Criada em 1949, a categoria reserva benefícios fiscais e regras especiais de circulação a eles (também conhecidos como kei cars), modelos limitados a 3 metros de comprimento, 1,3 m de largura e 360 cm3 de cilindrada. Um dos mais famosos é o Suzuki Jimny.

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Sua história começa na década de 1960, quando a Suzuki estudava fazer um 4×4 menor e mais leve que os consagrados Toyota Land Cruiser e Nissan Patrol.

O desenvolvimento teria começado com a engenharia reversa do 4×4 austríaco Steyr-Puch Haflinger, mas foi cancelado após a Suzuki descobrir o projeto do Hopestar ON. Produzido pela também japonesa Hope Jidōsha KK, o Hopestar ON tinha chassi de longarinas separado da carroceria, suspenso por molas semielípticas apoiadas em eixos rígidos.

Suzuki Jimny
As quatro lanternas dianteiras foram adotadas no modelo 1973 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Seu motor era um Mitsubishi bicilíndrico de dois tempos e 360 cc, refrigerado a ar de 21 cv, capaz de levar o pequeno aos 70 km/h de máxima. A produção do Hopestar ON teve início em 1967, mas a baixa demanda forçou a Hope a reconsiderá-la. O projeto foi inicialmente oferecido à própria Mitsubishi, que não manifestou interesse. Foi nesse momento que a Suzuki percebeu a oportunidade de produzir o seu próprio 4×4.

Redesenhado, o Jimny LJ 10 foi apresentado em abril de 1970, substituindo o motor Mitsubishi pelo Suzuki FB com dois cilindros, dois tempos, 359 cc e 25 cv. O câmbio era de quatro marchas sincronizadas e o sistema 4×4 era do tipo temporário, com tração 4×2 nas rodas traseiras e caixa de transferência com duas velocidades (normal e reduzida).

Suzuki Jimny

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O Jimny pesava apenas 586 kg e o estepe ficava dentro da cabine, na parte traseira, para não exceder os 3 m de comprimento. Seu sucesso foi estrondoso: 5.000 unidades produzidas no primeiro ano. Foi o primeiro automóvel global da Suzuki, que reagiu rapidamente para atender a enorme demanda no mundo todo.

Em 1972 surge o LJ 20, com motor Suzuki L50 refrigerado a água e 28 cv. As aberturas da grade dianteira passam a ser verticais e a versão LJ 20V oferece pela primeira vez uma carroceria rígida em aço.

Suzuki Jimny
Volante no lado direito e estepe no interior indicam que esta unidade foi produzida para o mercado japonês (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A oferta de ventilação forçada com ar quente e o volante no lado esquerdo aumentavam suas chances de exportação: o Jimny chegou até mesmo ao mercado norte-americano através de um importador independente.

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Novos critérios para os keijidōsha fizeram o Jimny crescer em 1975: o LJ 50 media 3,15 m com o estepe posicionado na traseira, liberando espaço para um quarto ocupante. Para lidar com o acréscimo de peso, o motor foi substituído pelo LJ50 de três cilindros, 540 cc e 33 cv.

Suzuki Jimny
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Dois anos depois, foi apresentado o LJ 80, que recebeu a opção do motor F8A quatro tempos de quatro cilindros, 797 cc e 41 cv: este motor foi essencial para garantir o sucesso do Jimny em mercados em que a legislação de emissão de poluentes era mais rígida.

A última novidade relevante da primeira geração foi a introdução da picape LJ 81, com uma pequena caçamba de 1,40 m e capacidade de carga de 250 kg.

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A segunda geração do Jimny foi apresentada em 1981 e surpreendeu pelo estilo mais apurado, pela cabine mais espaçosa e pela dirigibilidade voltada para o uso em grandes centros urbanos.

Suzuki Jimny
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O motor F10A de 970 cc de 45 cv levava o Jimny a 109 km/h, mas em 1984 ele foi substituído pelo motor G13A de 1,3 litro e 64 cv, potência suficiente para receber um novo câmbio de cinco marchas.

Em 1985, o Jimny retornou de maneira oficial ao mercado norte-americano como Suzuki Samurai.

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A produção alcançou 1 milhão de unidades em 1987: além do Japão, o Jimny passou a ser fabricado no Paquistão, Quênia, na Índia, Indonésia, Tailândia,  Colômbia e Espanha.

Suzuki Jimny
A segunda alavanca aciona a tração 4×4 e a reduzida (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O conforto melhorou com a adoção de molas helicoidais e câmbio automático de três marchas no modelo 1996.

A terceira geração veio em 1998, com um desenho ainda mais civilizado e acionamento da tração 4×4 e reduzida por botões no painel.

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O sucesso no mercado nacional levou a Suzuki a produzi-lo em Catalão (GO), em 2012. Hoje o Jimny brasileiro divide espaço nas concessionárias com o Jimny Sierra japonês, a quarta geração do utilitário que provou ao mundo que tamanho não é documento.

Ficha Técnica – Suzuki Jimny LJ 20 1975

Motor: longitudinal, 2 cilindros em linha, 359 cm3, dois tempos, alimentação por carburador Hitachi VCi30
Potência: 26 cv a 5.500 rpm
Torque: 3,8 kgfm a 5.000 rpm
Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira (4×2) e nas quatro rodas
Carroceria: aberta, 2 portas, 6 lugares
Pneus: 6.00 -16 4PR
Dimensões: comprimento, 319,5 cm; largura, 129,5 cm; altura, 167 cm; entre-eixos, 193 cm; peso, 625 kg

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