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Por que é difícil engatar a primeira marcha em movimento?

Entenda como funciona a transmissão do seu carro, por que não se deve forçar a alavanca de câmbio e o que fazer para evitar dores de cabeça

Por Gabriel Aguiar e Henrique Rodriguez
Atualizado em 11 Maio 2021, 15h51 - Publicado em 9 jul 2018, 13h54
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O câmbio é apenas uma parte do sistema de transmissão do carro (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

Já tentou engatar a primeira marcha de um câmbio manual com o carro em movimento? Provavelmente você teve dificuldades para mover a alavanca e ouviu um ruído metálico.

Fique tranquilo. Vamos explicar o que acontece dentro da transmissão do seu carro nessas horas e o que fazer para evitar que isso se repita.

O câmbio é responsável por receber a força do motor e transferir às rodas, multiplicando (ou desmultiplicando) a velocidade das rotações. Ele faz isso controlando o movimento de três eixos (piloto, contra eixo e principal) por meio de engrenagens de diferentes tamanhos.

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Primeiro é preciso entender o caminho da força do motor até as rodas.

Quando os pistões e bielas sobem e descem, giram o virabrequim, um eixo ao qual está conectado o volante do motor. É a ele que a embreagem se une quando seu pedal não está pressionado.

Isso permite que as rotações do motor cheguem ao eixo piloto. É por este eixo, ligado à embreagem, por onde o câmbio recebe as rotações do motor.

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(Jahobr/Wikipedia)

O eixo piloto, por sua vez, transfere seu movimento ao contra eixo, que vai direcionar a rotação do motor para cada uma das marchas. É aí que a mágica começa.

As engrenagens das marchas, posicionadas no eixo principal (o eixo de saída de força para as rodas), se encontram com suas engrenagens correspondentes do eixo principal.

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Mas cada marcha trabalha com engrenagens de diâmetros específicos.

O tamanho destas engrenagens define o torque (força) que ela exerce: uma relação 3:1, por exemplo, significa que, a cada três voltas do virabrequim, do volante, ou do eixo piloto, essa engrenagem dá uma volta completa.

Nas primeiras marchas, o virabrequim (e, consequentemente, o motor) dá mais voltas que a engrenagem do câmbio e, assim, multiplica a força enviada às rodas.

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Normalmente, há uma grande diferença de tamanho entre as engrenagens da primeira e da segunda marcha. Nas seguintes a diferença é menor, pois o carro já está em boa velocidade.

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Esquema de um câmbio manual em corte (Arte/Quatro Rodas)

Quer um exemplo? No Volkswagen Gol 1.0, as relações do câmbio são 4,1:1 (primeira), 2,3:1 (segunda), 1,43:1 (terceira), 0,9:1 (quarta) e 0,7:1 (quinta).

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Se na primeira marcha 4,1 rotações do motor representam uma rotação do eixo principal, na quinta marcha o eixo já terá dado uma volta quando o volante tiver dado 0,7 volta – ou seja, estará mais rápido que o motor.

Para facilitar as trocas, existe uma peça chamada anel sincronizador. Ele tem dentes cônicos que ajudam a sincronizar as rotações entre engrenagem da marcha e a que está ligada ao contra eixo.

Entretanto, como a engrenagem da primeira marcha é bem maior, gira em velocidade menor e o anel não é capaz de equalizar essa enorme diferença de velocidade.

Para tentar amenizar esse problema, o ideal é reduzir bastante a velocidade do carro antes de acionar a primeira marcha. Ou você vai ouvir o barulho de arranhado outra vez – e torcer pela integridade do anel sincronizador.

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