Novo câmbio CVT Toyota garante economia e, finalmente, desempenho
Novo sistema da Toyota tem engrenagens adicionais para melhorar a performance sem prejudicar o consumo
O câmbio CVT (Continuosly Variable Transmission), que varia as relações de marcha continuamente, é referência em economia de combustível, mas nada como um tradicional sistema de engrenagens para garantir arrancadas com prontidão.
Partindo dessa constatação, a Toyota criou um novo câmbio que reúne o melhor dos dois conceitos: um CVT equipado com uma engrenagem acionada em velocidades baixas.
O Direct Shift-CVT é um CVT que funciona, como os demais, com variação contínua das relações graças a duas polias interligadas por uma correia que mudam de diâmetro constantemente.
A diferença é que as polias entram em ação somente depois que o carro embala.
Nas arrancadas quem trabalha é a engrenagem. Com isso, o sistema consegue desempenho de câmbio mecânico, com arrancadas mais ágeis do que em um CVT.
A engrenagem trouxe o benefício do desempenho e ainda favoreceu a redução do consumo, ao permitir o uso de polias menores e mais leves.
Hoje, o câmbio Toyota Direct Shift-CVT equipa modelos feitos na plataforma TNGA, como os Toyota Corolla e Corolla Cross com motor 2.0 fabricados no Brasil.
Foco na eficiência
O sistema da Toyota aperfeiçoa o CVT, cuja principal virtude é a capacidade de estabelecer infinitas relações de marcha se ajustando às necessidades do veículo.
Com o câmbio CVT, o motor pode trabalhar com máxima eficiência, sempre no regime de torque máximo, conseguindo desempenho, com economia de combustível
1- Engrenagem: Elimina o ruído (e a vibração) característico dos sistemas CVT nas arrancadas
2- Polias: Menores e mais leves, contribuem para o sistema reduzir o efeito da inércia em 40%
3- Correia: Com novos ângulos de encaixe nas polias, consegue aumentar em 20% a velocidade das mudanças
4- Bomba: Fornece o óleo que lubrifica as engrenagens sob demanda, diminuindo o atrito em 30%
Cada caso é um caso
No CVT, as relações de marcha variam em função da alteração dos diâmetros das polias – o princípio é o mesmo das bicicletas com marchas, mas com as polias no lugar de coroas e catracas.
Invenção genial
O conceito do câmbio CVT é antigo: foi idealizado por Leonardo Da Vinci (1452-1519). A primeira aplicação automotiva só aconteceu em 1958, no entanto.
A dificuldade era conseguir um mecanismo que fosse resistente, compacto, leve e economicamente viável.
A pioneira foi a holandesa DAF, que instalou o sistema batizado de Variomatic em um modelo compacto, o DAF 600, equipado com motor de 600 cm2 e 22 cv.
Com o tempo, o desafio passou a ser a construção de um dispositivo que suportasse as solicitações de motores com potência e torque elevados, o que só aconteceu nos anos 1990.
Em 1999, a Audi acoplou uma caixa CVT em um motor de 193 cv de potência e 28,5 mkgf de torque.