O filtro do ar-condicionado protege contra o coronavírus e demais vírus, como por exemplo o influenza? – Giordano Trabach, São Paulo (SP)
Criado originalmente para auxiliar o funcionamento do ar-condicionado, o filtro de cabine (ou antipólen) é semelhante ao filtro de ar do motor. Ele retém a poluição, poeira e também odores, impedindo que invadam a cabine e sujem a tubulação do ar-condicionado.
Sobre esta função mais avançada, quem responde é o diretor executivo da empresa Freudenberg Filtration Technologies, Rodrigo Madeira: “Há alguns tipos de filtro, como o micronAir Blue – ainda não comercializado no Brasil –, que possuem agentes alergênicos em sua composição e testes realizados mostram que eles são capazes de inativar o coronavírus.
No entanto, caso uma pessoa infectada esteja dentro do veículo, o vírus poderá se alojar em partes do carro como o volante e o painel, e o vírus não passará pelo filtro, deixando assim de ser inativado. A filtração pode contribuir muito para a melhoria do ar no interior dos veículos, mas não eliminará o risco de contaminação entre as pessoas que estejam dentro deles”.
Na China, há fabricantes que já adotaram filtro de ar N95, o mesmo utilizado por profissionais de saúde que lidam diretamente com pessoas infectadas com o Covid-19. Um deles é o Geely Icon.
Outra com uma solução para isso é a Honda, que apresentou a Kurumask, uma espécie de máscara para o filtro original de seus carros que promete reter 99,8% dos vírus transportados pelo ar em 15 minutos e usa espinhos microscópicos para fazer a retenção dos mesmos.
Por enquanto a Kurumask está presente apenas no novo Honda N-Box, um kei car lançado no Japão no dia de Natal. Mas a fabricante japonesa prevê a disponibilidade do filtro em outros modelos para um futuro próximo.