Relâmpago: Assine Digital Completo por 3,99

Estas tecnologias podem salvar os motores a combustão

Os motores térmicos ainda ficarão por um bom tempo entre nós, mas as tecnologias a seguir serão fundamentais para tornar isso possível

Por Paulo Campo Grande Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 abr 2025, 20h21
 (Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

Do tempo em que não se controlavam emissões até hoje, os motores a combustão evoluíram muito, se tornando mais limpos e eficientes. Pressionadas pelas leis ambientais e pelo mercado, as fábricas de automóveis desenvolveram tecnologias que aperfeiçoaram o funcionamento dos motores e de seus sistemas agregados até os limites conhecidos e viáveis economicamente. A partir daí, os elétricos entrariam em cena.

Por isso, nas últimas décadas praticamente não houve desenvolvimento dos motores a combustão. Acontece que a eletrificação também tem seus desafios e contradições e a troca de tecnologias nesse caso é muito mais complexa que a passagem de uma fase a outra, em um programa de redução de emissões. São diversos fatores envolvidos. E, diante disso, fábricas, legisladores, consumidores estão revendo suas posições.

Motores a combustão ainda terão importante participação na mobilidade. De acordo com o engenheiro João Carlos Dias Junior, head de pesquisa e desenvolvimento da Horse Brasil (grupo Renault), os motores a combustão estarão em uso por muitos anos. Segundo ele, apenas com o aperfeiçoamento das tecnologias atuais será possível aumentar a eficiência térmica desses motores em cerca de 10%, chegando a 40%.

Compartilhe essa matéria via:

Essas tecnologias, se aperfeiçoadas, podem salvar os motores a combustão:

Hibridização – Os motores elétricos são vistos como aliados para a manutenção dos térmicos na ativa, nos diferentes níveis de hibridização, híbridos leves (MHEV), plenos (HEV) e plug-in (PHEV).

Turbina S480SX-E
(Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após a publicidade

Turbo – Sistemas de gerenciamento eletrônico (com controle da válvula de alívio e da geometria variável) e mecânico (layout interno) podem ser melhorados para aumentar a eficiência deste dispositivo que contribui para a eficiência energética do motor.

Catalisadorve
(Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Catalisador – A maior carga catalítica (metais preciosos como platina e ródio) beneficia as reações químicas, que também podem ser favorecidas pelo aumento da porosidade da cerâmica que serve de base para a peça e com a introdução de um sistema de preaquecimento do componente.

Sodio Valves
(Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após a publicidade

Materiais – O trabalho nos diversos componentes do motor passa pela redução de atrito, que já avançou muito, e também pelo aumento de sua resistência diante da elevação da temperatura interna do motor (necessária para o aumento da eficiência). Alguns exemplos: válvulas de sódio, uso intensivo de aço inox e bicos injetores que suportem pressões ainda maiores que as adotadas atualmente.

Software
(Divulgação/Quatro Rodas)

Software – O gerenciamento eletrônico mais eficiente de sistemas como alternador, aquecimento e refrigeração do motor, ar-condicionado e do próprio ciclo termodinâmico do motor irão contribuir muito para o aumento da eficiência.

Fechando o cerco

Há sistemas que já foram adotados em alguns países, mas ainda podem ter sua aplicação ampliada, como os que atendem pelas siglas ORVR (On-Board Refueling Vapor Recovery, ou Sistema Integrado de Recuperação de Vapores de Abastecimento) e RDE (Real Driving Emissions, em tradução livre, Emissões em Uso Real).

Continua após a publicidade

ORVR: É um sistema de válvulas e filtros posicionado dentro do tanque de combustível, que retém até 98% dos gases emitidos pela evaporação do combustível, como o benzeno. Esses gases, que são gerados tanto durante o abastecimento quanto com a evaporação natural no tanque de combustível (mesmo com o carro desligado), são redirecionados para
o motor e usados durante
a combustão.

RDE:  Também conhecido como RDE Test, ele mede as emissões em tempo real, como se fosse um ensaio de laboratório para a homologação do motor. Este sistema não existe para ser instalado como um equipamento dos carros, mas contribui para reduzir as emissões dos motores, ainda na fase de desenvolvimento. Na Europa, esse tipo de teste faz parte do protocolo para a indústria, juntamente com o ensaio de laboratório. No Brasil, ele está em fase de implementação.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

DIA DAS MÃES

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.