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Teste: Suzuki S-Cross, o SUV mais esportivo e menos utilitário

Desempenho do motor 1.4 turbo e suspensão bem calibrada faz do modelo uma opção atraente para quem gosta de dirigir

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 fev 2018, 14h50 - Publicado em 13 nov 2017, 18h19
Design não é a maior virtude do S-Cross; desempenho, sim (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Sleeper é uma gíria em inglês atribuída a carros que entregam desempenho aliado a um visual pacato até demais. Esse é o caso do Suzuki S-Cross, importado do Japão com visual repaginado desde o ano passado.

Mas isso não significa que o modelo seja feio – os outros é que são bonitos demais. Felizmente, o SUV traz outras qualidades que premiam quem não deixa se levar apenas pelo design.

Com 146 cv, o motor 1.4 turbo é o mesmo do Vitara (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A principal delas está sob o capô. O motor 1.4 turbo de 146 cv que equipa a versão 4Sport é o mesmo do Vitara – a versão 4Style (R$ 95.990) tem um motor 1.6 16V de 126 cv. O ótimo desempenho faz o motorista esquecer que está guiando um utilitário esportivo.

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Prova disso ocorreu em nosso teste, no qual o S-Cross foi de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos, mesma marca obtida pelo Peugeot 208 GT, um hatch de 173 cv (e esportivo por natureza).

Interior é conservador e tem acabamento de qualidade apenas regular (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A estabilidade é elogiável para um veículo alto como um utilitário esportivo, em parte porque a tração integral ajuda a segurar o carro nas curvas.

Rodas de 17 polegadas são calçadas com pneus 215/55 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se mesmo assim faltar emoção, recomendo ativar o modo Sport. Aí o S-Cross se transforma em um divertido esportivo. O carro arranca com bastante disposição, a direção fica sensivelmente mais pesada e a transmissão estica as marchas antes de trocá-las, abrindo um largo sorriso no rosto de quem está ao volante.

Eis o botão da felicidade: modo Sport deixa o S-Cross ainda mais ágil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os principais defeitos do S-Cross estão do lado de dentro. Falta uma variedade de texturas e cores para disfarçar o acabamento simples demais da cabine.

Além do plástico de qualidade apenas regular (um Fiat Argo, que custa a metade, é superior nesse quesito), algumas peças aparentam fragilidade.

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Câmbio automático de seis marchas tem trocas suaves (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Senti receio de apertar alguns botões (como o do controle de estabilidade) e de mexer no seletor de regulagem dos espelhos retrovisores. Ambos parecem que vão quebrar se o motorista aplicar mais força.

Também não ajuda o aspecto de simplicidade do painel, que remete a um carro mais barato.

Visual dos controles de ar-condicionado remete aos anos 90 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Outro defeito, típico de japoneses, é a falta do travamento automático das portas em movimento. A central multimídia, em contrapartida, é bastante intuitiva.

Fácil de navegar, a central multimídia fica devendo suporte aos sistemas operacionais de smartphone (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O visual dos menus lembra um telefone celular, facilitando a navegação de quem está habituado aos smartphones. Faltou só o suporte a Android Auto e Apple CarPlay, embora seja possível espelhar seu celular na tela para usar aplicativos como o Waze, sem usar o cabo.

Posição de dirigir não é tão elevada como nos outros SUVs (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O S-Cross vem bem equipado. A lista dos itens de fábrica inclui seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, piloto automático, start-stop, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e partida do motor sem chave.

Espaço traseiro é bom para dois adultos e uma criança (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A versão 4Style Allgrip custa R$ 115.990 (há também uma versão 4×2 por R$ 109.990), pouco mais do que os R$ 118.990 pedidos pelo Jeep Compass Longitude, que é maior e traz motor flex aspirado e mais potente, mas tem menos equipamentos.

Espaçoso, o porta-malas tem capacidade volumétrica de 440 litros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Se você faz questão da força do turbo, a única alternativa no segmento é o Chevrolet Tracker (R$ 87.590 na LT e R$ 98.790 na Premier), mais barato (e menos equipado) que o SUV da Suzuki.

Apenas o logotipo Turbo indica o potencial do S-Cross 4Style (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Veredicto

Acabamento e design não são os pontos fortes do S-Cross, mas o SUV dá o troco no motor 1.4 turbo – um dos mais espertos da categoria.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  8,7 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,1 s/170,8
  • Velocidade máxima: n/d
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 3,9 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,2 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 27,1 / 63,3 m
  • Consumo urbano: 13,3 km/l
  • Consumo rodoviário: 16,8 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 36,8/72,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 61,3/68,2 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 115.990
  • Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.373 cm³, 16V, DOHC, 73 x 82 mm, 11:1, 146 cv a 5.500 rpm, 23,5 mkgf a 1.700 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, 4×4
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.) e sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica
  • Pneus: 215/55 R17
  • Dimensões: comprimento, 430 cm, largura, 178,5 cm; alt., 160,5 cm; entre-eixos, 260 cm; porta-malas, 431 l; tanque de combustível, 47 l; peso, 1.270 kg; peso/potência, 8,7 kg/cv; peso/torque, 54,04 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano
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