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Teste: Peugeot 208 Griffe de R$ 94.990 é compacto que se sente hatch médio

Compacto tem equipamentos que só são encontrados em marcas de luxo, mas deixou passar outros que os concorrentes têm

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 out 2020, 15h01 - Publicado em 10 set 2020, 00h01
Apesar do preço, a Peugeot espera que o 208 Griffe responda por grande parcela das vendas no lançamento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Carros caros e chamativos fazem parte da nossa rotina, mas é raro algum se transformar em atração (e assunto) na garagem como este pequeno Peugeot 208 azul. O design por si só é chamativo e a cor (exclusiva das versões mais caras) ajuda. É a popularidade de quem não quer ser chamado de popular.

Nem pode. Depois das primeiras impressões, pudemos usar o 208 Griffe no dia a dia para ver na prática quão úteis são os equipamentos exclusivos da versão topo de linha, principais culpados pelo preço de R$ 94.990. Assustou? Beba um copo d´agua antes de saber que o Polo Highline já custa R$ 90.690 na tabela.

O 208 não tem motor turbo, mas tenta driblar a falta de potência e torque do motor 1.6 16V no conteúdo.

Versão topo de linha do 208 flex se destaca pelo aerofólio preto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Os faróis são full-led, um sistema que vem ganhando espaço rapidamente no segmento. Mas o nivelamento automático do facho – útil para não ofuscar outros motoristas ao passar em lombada, valeta ou ladeira –, é requinte de carro de luxo alemão. Ainda tem assistente de farol alto, equipamento de sedã médio como um Cruze Premier.

O quadro de instrumentos digital com visualização 3D pode ser personalizado, mas apenas pela central multimídia. Nele podem ser exibidos a velocidade máxima da via – a leitura das placas nem sempre é precisa no Brasil, vale salientar – e o comportamento do carro entre as faixas de rolagem, que é passível de ser corrigido automaticamente pelo assistente de permanência em faixa.

Versão Griffe tem detalhes cromados no cluster e faixa no painel de toque macio (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E ainda tem frenagem autônoma de emergência e alerta de colisão, que são importantes mas não inéditos: o Hyundai HB20 Diamond Plus os tem por R$ 17.000 a menos.

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Fica devendo piloto automático adaptativo, então o Volkswagen Nivus Highline (R$ 98.290) segue como o único carro abaixo dos R$ 100.000 com o equipamento no Brasil. Também não tem alerta de pontos cegos como o Chevrolet Onix.

Quadro de instrumentos usa duas telas para ter efeito 3D (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O acendimento automático dos faróis, os sensores de chuva, os sensores de estacionamento traseiros e a câmera de ré capaz de mostrar 180° da área traseira conforme o carro se move (ela memoriza as imagens para cobrir a tela), porém, poderiam estar nas outras versões do 208.

(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A suspensão que havia impressionado pela boa dinâmica na estrada, agora se mostrou valente no asfalto malconservado da cidade de São Paulo. Filtra bem as imperfeições maiores, se mantém estável e silenciosa. Mas transfere as menores vibrações para a cabine.

Versão tem carregamento sem fio para smartphone (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A direção elétrica, com respostas mais diretas que antes, também agrada bastante pela gradação de ganho de peso com aumento da velocidade e pelas respostas mais ágeis do que antes. Precisa de meras 2,7 voltas de batente a batente.

Há diferença clara de acabamento entre a faixa de toque macio (direita) e a de plástico duro (esquerda) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Por dentro, o banco de Alcantara, um camurça nobre, causa boa impressão, mas é o couro que será padrão mais tarde, após a fase de lançamento. O painel tem toque macio, mais áreas em piano black e mais detalhes cromados. Mas o console central, peça feita exclusivamente para os carros argentinos, revela algumas rebarbas.

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Motor 1.6 16V é ponto, literalmente, fraco do 208. Mas seu consumo não é ruim (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Quer ver refinamento? Regule o encosto dos bancos dianteiros: é milimétrico, algo tão raro atualmente que o único a manter é o velho VW Gol.

Primeiro lote terá bancos de Alcantara (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O espaço traseiro, que nunca foi o forte dos compactos Peugeot, não foge à regra no 208. Mesmo com o encosto dianteiro curvado e com o encosto do banco traseiro em posição mais confortável, viajar no banco traseiro pode ser desconfortável para quem tem mais de 1,80 m.

Espaço no banco traseiro é muito limitado (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E o porta-malas não sai ganhando com isso. Pelo contrário: tem 265 litros, 20 l a menos que antes. E não dá para contar com encosto traseiro bipartido para levar objetos mais compridos, pois isso só o 208 e-GT (elétrico) tem.

(Fernando Pires/Quatro Rodas)

O isolamento acústico não é ruim, mas o barulho do motor 1.6 consegue invadir a cabine em acelerações mais fortes, assim como a vibração que parece ser um pouco maior que antes. É que por mais que o comportamento, os equipamentos e, por que não, o preço sejam de carro médio, o 208 ainda é um compacto. Deles, é o mais tecnológico. Mas vai cobrar por isso.

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Teste – Peugeot 208 Griffe 1.6 16V

Aceleração
0 a 100 km/h: 12,2 s
0 a 1.000 m: 33,7 s – 155,3 km/h
Velocidade máxima: 190 km/h

Retomadas
D 40 a 80 km/h: 5,5 s
D 60 a 100 km/h: 6,8 s
D 80 a 120 km/h: 8,6 s

Frenagens
60/80/120 km/h a 0: 14,7/25,3/58,1 m

Consumo
Urbano: 11,4 km/l
Rodoviário: 15,8 km/l

Ruído interno
Neutro/RPM máx.: 39,8/63,2 dBA
80/120 km/h: 63,8/70,4 dBA

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Aferição
Velocidade real a 100 km/h: 98 km/h
Rotação do motor a 100 km/h em 5a marcha: 2.500 rpm

Seu Bolso
Preço: R$ 94.990
Garantia: 3 anos

Ficha técnica – Peugeot 208 Griffe 1.6 16V

Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, 1.587 cm³, 78,5 x 82 mm, 118/115 cv a 5.750 rpm, 15,5/15,4 kgfm a 4.750/4.000 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira Direção: elétrica, 10,4 m (diâmetro de giro)
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.) Freios: disco ventilado (diant.) e tambor (tras.)
Pneus: 195/55 R16
Peso: 1.178 kg
Peso/potência: 9,98/10,24 kg/cv Peso/torque: 76/76,5 kg/kgfm
Dimensões: compr., 405,5 cm; larg., 196 cm; alt., 145,5 cm; entre-eixos, 253,8 cm; alt. solo, 15 cm; porta-malas, 265 l, tanque, 47 l

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