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Teste: novo Citroën C4 Lounge, mudanças discretas

Apesar da leve alteração visual, o novo C4 Lounge chega em grande estilo com status de embaixador da Citroën

Por Paulo Campo Grande, de Buenos Aires (Argentina)
Atualizado em 25 abr 2018, 15h16 - Publicado em 25 abr 2018, 13h22
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  • Design exterior ganhou poucas mudanças (Divulgação/Citroën)

    Em tempos difíceis como os atuais, as fábricas evitam fazer grandes eventos para anunciar a chegada de simples versões reestilizadas.

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    Esse, porém, não foi o caso da Citroën, que apresentou o novo C4 Lounge com toda a pompa e circunstância em março, no requintado hotel Faena, um dos mais caros de Buenos Aires, na Argentina.

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    Perguntado sobre a importância da ocasião, o gerente de produto Fábio Alves explicou que o C4 Lounge é como um embaixador para a ofensiva da marca no mercado brasileiro, que incluirá não só a atualização dos modelos já oferecidos como também a chegada dos novos.

    Na traseira, as lanternas ganharam efeito tridimensional (Divulgação/Citroën)

    Entre as atualizações, além do próprio C4, que chega em abril, pode-se incluir o C3, que passará por mudanças até a chegada de uma nova geração (o que só deve acontecer na linha 2022).

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    Entre as novidades estão o crossover Cactus, o furgão Jumpy na versão de passageiros e os comerciais Jumper e Berlingo, todos com chegada prevista para o segundo semestre de 2018.

    Segundo a Citroën, a mexida no C4 Lounge se concentrou em três pilares: estilo, tecnologia e conforto.

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    O design interno manteve o visual e os materiais de boa qualidade (Divulgação/Citroën)

    O primeiro é claro: o sedã ganhou nova frente, em linha com os últimos lançamentos da marca no mundo, com frisos paralelos como extensões do emblema (o duplo chevron), invadindo a área dos faróis, e, na parte inferior ao para-choque, os faróis de neblina envolvidos por parênteses estilizados.

    Na lateral, as rodas exibem o design desenvolvido para o show car C4 Lounge Sport White, mostrado no Salão de São Paulo de 2014. E, na traseira, as lanternas incorporam o efeito 3D inaugurado pelo DS3, em 2009.

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    Por dentro, não houve alterações visuais e – o mais importante – nos materiais. É comum as fábricas economizarem no acabamento nos momentos em que ocorrem as reestilizações. O painel do C4, porém, continua emborrachado e com apliques que imitam alumínio.

    Versão Shine tem seis airbags (frontais, laterais e de cortina) (Divulgação/Citroën)
    Revestimento nos bancos imita couro (Divulgação/Citroën)

    Os outros dois aspectos (tecnologia e conforto) andam juntos, uma vez que as inovações beneficiam a vida a bordo – e a segurança também.

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    Começa pelo painel de instrumentos digital, que concentra informações como velocidade, marcha utilizada, nível do reservatório, parciais do computador de bordo e um indicador de modo de condução econômico.

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    O grafismo todo branco no fundo escuro tem aspecto simplório, mas sua leitura é fácil e rápida. A exceção fica com o conta-
    -giros representado por uma barra horizontal discreta no alto do visor. E quem espera um painel configurável como o da linha VW vai se decepcionar.

    A central multimídia também é nova. Igual à que está presente no C4 Picasso (e também nos primos Peugeot 3004 e 5004), ela é mais completa, tem tela touch e compatibilidade com os sistemas Android Auto (com acesso a aplicativos como Google Maps, Waze e SMS) e Apple CarPlay.

    Boa parte dos botões físicos de climatização também migraram para a central, o que ajuda a deixar o visual do console mais limpo, mas também complica ações simples, como mudar a temperatura do ar-condicionado.

    Central multimídia é compatível com smartphones e inclui controles do ar-condicionado (Divulgação/Citroën)

    O equipamento em que a Citroën pesou mais a mão, no entanto, foi o conjunto de faróis full-led (recurso disponível nas versões mais caras de rivais como Civic e Corolla, mas ausente em outros como o Cruze), com seção de luzes diurnas e refletores, alto e baixo, e função direcional.

    No mais, o C4 Lounge é o mesmo (bom) sedã de sempre. A posição de dirigir é correta, sua direção (elétrica) é precisa e a suspensão (McPherson/eixo de torção) privilegia o conforto.

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    Em algumas horas, estimulado pelas respostas do seu 1.6 turbo de 173 cv, fica o desejo de um pouco mais de firmeza no sistema. Mas a calibragem do conjunto é a ideal para o dia a dia.

    Motor gera 173 cv (Divulgação/Citroën)

    Nosso test-drive foi feito na região de Buenos Aires, com direito a trechos urbanos e rodoviários (lá o limite é de 130 km/h), mas também levamos o C4 para nossa pista, em Limeira (SP), onde apresentou o rendimento esperado.

    Na prova de 0 a 100 km/h, ele cravou 9 segundos nas medições de consumo, terminou com a média de 10,7 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada.

    Comparando com o Corolla 2.0 XEi, que vai de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos e faz 11,5 km/l no ciclo urbano e 15,6 no rodoviário, o C4 foi mais rápido, mas consumiu mais.

    Câmbio automático permite trocas no modo manual (Divulgação/Citroën)

    Na linha 2019, a Citroën mudou o nome das versões. Em vez de Tendance, S e Exclusive, o C4 passa a ser oferecido com Live, Feel e Shine.

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    Desde a versão de entrada (Live), o sedã conta com câmbio automático de seis marchas, central multimídia, painel digital e rodas com novo design (aro 16).

    A Feel acrescenta à lista de equipamentos bancos que imitam couro, câmera de ré, GPS e airbags laterais.

    Porta-malas comporta 450 litros (Divulgação/Citroën)

    E a Shine inclui faróis full-led, teto solar, rodas aro 17 e abertura e travamento remoto das portas.

    Os preços tiveram cerca de 5% de aumento médio. A Live, que é vendida apenas a portadores de deficiência, chega por R$ 69.990. A Feel custa R$ 93.920. E a Shine sai por R$ 102.790, porém sem opcionais. A fábrica vai oferecer acessórios, entre eles um aerofólio traseiro.

    No lançamento, a Citroën oferece o C4 em um plano de financiamento em 30 meses com certificado de recompra ao final do período.

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    A garantia de fábrica é de três anos, com plano de oito anos de assistência 24 horas e revisões com preços programados.

    A fábrica não divulgou os novos valores, mas diz que, ao contrário dos preços de venda, os serviços devem ficar cerca de 5% mais baratos que os cobrados até agora.

    Painel digital monocromático tem fácil leitura, mas é simples até demais (Divulgação/Citroën)

    Com os ajustes feitos no carro e nas condições de comercialização, a Citroën espera dobrar o volume de vendas do modelo, subindo aproximadamente de 250 para 500 unidades/mês – o líder Corolla vendeu 3.869 em fevereiro, seguido por Civic (1.893), Cruze (1.754) e Jetta (450).

    Só esse objetivo já seria suficiente para justificar todo o barulho feito no lançamento.

    Veredicto

    Ele vende menos que os líderes do segmento, mas o C4 é um sedã honesto. É gostoso de dirigir, tem ótimo desempenho e na linha 2019 ganhou nova central e faróis full-led.

    Teste de pista

    Ficha técnica – Citroën C4 Lounge 

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