Depois de renovar praticamente toda sua linha de SUVs e carros de passeio, faltava justamente o maior modelo da Audi a ganhar as bem-vindas melhorias, o Q7. E agora o modelo renovado começa a chegar ao país em duas versões com importantes novidades e preços a partir de R$ 414.990.
Por fora, as mudanças são relativamente sutis. O SUV continua “parrudo”, se destacando pelas grandes dimensões. Definitivamente não será fácil perdê-lo de vista num estacionamento lotado. No entanto, agora o Q7 está mais parecido com os outros SUvs da Audi, graças à enorme grande octogonal na frente e os faróis de led.
O perfil continua parecido com o da versão anterior, mas há novas rodas de 20 ou 21 polegadas. Atrás, as lanternas, também de led, são novas, e há uma barra metálica que atravessa a tampa traseira. O visual continua elegante e moderno, principalmente nas versões com rodas de 21 polegadas. As da versão mais simples têm “apenas” 20 polegadas.
No entanto, as maiores mudanças estão por baixo da carroceria. O Q7 trocou o antigo 3.0 V6 de 333 cv com compressor mecânico por outro V6, também 3.0, mas turbinado, com 340 cv. É o mesmo conjunto que equipa o Q8, além dos A6 e A7. O câmbio é sempre automático de oito marchas.
Além de mais potente, o 3.0 tem sistema elétrico de 48 volts, que permite uma ação mais ampla do sistema start-stop. Agora, o V6 pode ser desligado a até 22 km/h em desacelerações, o que reduz levemente o consumo de combustível. O motor a gasolina também pode ser desligado momentaneamente a velocidades entre 55 e 160 km/h com o conjunto sob baixa carga, também para economizar combustível.
A cabine também tem boas evoluções ao receber o mesmo conjunto dos Audi mais modernos. Agora, além da tela de 12,3 polegadas do painel de instrumentos, há outras duas sensíveis ao toque no console central, que comandam praticamente todos os sistemas do carro. A superior, com 10,1 polegadas, serve ao sistema de entretenimento e configurações gerais, enquanto a inferior, de 8,6 polegadas, comanda o ar-condicionado e algumas funções complementares à tela superior.
O sistema é simples de usar e praticamente auto-explicativo. O senão de tantas telas brilhantes na cabine é a enorme quantidade de marcas de dedo que elas atraem, algo que poderá incomodar os mais organizados.
Há alguns bem-vindos botões físicos remanescentes, como um controle giratório de volume do som, que também pode passar adiante músicas ou estações de rádio. Mas o rearranjo interno “limpou” o antes atribulado console central do Q7.
Com apenas sete cavalos a mais sob o capô, não espere que o Q7 tenha se tornado um esportivo furioso – esse papel fica para o poderoso SQ7. No entanto, o V6 é valente e consegue levar as mais de 2,2 toneladas e cinco metros de comprimento do Q7 com notável destreza. O comportamento é suave e o modelo ganha velocidade sem alarde.
Tanta sutileza é responsabilidade também do ótimo câmbio de oito marchas, com trocas praticamente imperceptíveis. Mesmo no modo mais agressivo, com o carro em modo Dynamic e o câmbio em trocas manuais, dificilmente o Q7 perderá a compostura.
Para os passageiros, há bastante espaço, principalmente na segunda fileira. Os ocupantes dali também têm duas zonas de ar-condicionado e saídas USB para recarga de dispositivos.
Na terceira fileira, agora de série em todos os Q7, a situação fica um pouco mais apertada, literalmente. Mas adultos de até 1,70m ainda conseguirãos se acomodar surpreendentemente bem para viagens curtas.
A terceira fileira ainda pode ser erguida ou escondida eletricamente, por botões no porta-malas ou ao lado da segunda fileira. O processo demora um pouco, mas é mais prático do que recorrer a uma ou mais alavancas – sem contar alguma força física – para colocar tudo no lugar.
O porta-malas vai de 259 litros com as três fileiras, para 740 litros na configuração com cinco lugares.
Como opcionais, o Q7 pode receber um enorme teto solar, assistentes de estacionamento e controle de cruzeiro adaptativo com assistente de congestionamento.
Esses itens passam a ser de série na versão S Line, vendida a R$ 459.990, que também agrega algumas diferenças visuais em relação à mais simples. Há soleiras de alumínio iluminaddas, capas de espelho escurecidas e rodas de 21 polegadas.
As duas versões podem receber ainda itens especiais, como eixo traseiro direcional, suspensão a ar, head-up display e faróis de led Matrix, oferecidos livres de pacotes. São opcionais caros, que podem elevar o valor do Q7 para bem acima dos R$ 500 mil, mas que farão o modelo trazer tudo que a Audi tem de melhor.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.