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Nissan Frontier LE: boas qualidades com efeitos colaterais

Pega pela epidemia que aproxima picapes dos automóveis, Nissan Frontier quer se destacar pela dinâmica e pelo preço

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 abr 2017, 13h25 - Publicado em 26 abr 2017, 21h24
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  • Enfim, o vírus que transforma picapes médias em grandes automóveis de passeio contaminou a Nissan Frontier. Já era esperado: ele começou a ser transmitido em 2008 pela geração anterior da Toyota Hilux e aos poucos infectou as outras picapes já estabelecidas no mercado. Ficou tão forte que o sistema imunológico da Frontier não deu conta.

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    A consequência da contaminação já sabemos: design mais atlético, bancos mais confortáveis, painel que lembra o de um automóvel, equipamentos de segurança típicos dos sedãs médios e conjunto mecânico moderno. São sequelas bem-vindas à picape que não passava por mudanças profundas desde 2006.

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    A caçamba tem revestimento protetor e tem capacidade de carga de até 805 litros
    A caçamba tem revestimento protetor e tem capacidade de carga de até 805 litros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Esta é a 12° geração da linhagem da Frontier, que surgiu há mais de 80 anos, quando a Nissan ainda se chamava Datsun, e não será fabricada no Brasil, como as duas últimas gerações.

    Primeiro, virá do México apenas nesta versão LE, por R$ 166.400, mas em 2018 será importada da Argentina, com gama de versões completa, junto da Renault Alaskan e da Mercedes Classe X, ambas derivadas de sua arquitetura.

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    O chassi é totalmente novo, com oito travessas e estrutura chamada pela Nissan de “duplo C”, como se fossem dois chassis sobrepostos por dentro com soldas contínuas. Assim, teria ficado quatro vezes mais resistente.

    Não parece, mas a Frontier está apenas 2 cm mais longa, com 5,25 m de comprimento. A largura passou de 1,78 m para 1,85 m e o entre-eixos diminuiu 5 cm, para 3,15 m.

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    A versão LE será a única importada até o ano que vem
    A versão LE será a única importada até o ano que vem (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A suspensão tem suas particularidades. Na dianteira é duplo A, como antes, mas, talvez por mutação do vírus, a traseira usa molas helicoidais (e não feixe de molas) como a Fiat Toro. É o sistema 5-link, que a Nissan insiste em chamar de multilink, mas que de independente não tem nada: é um eixo rígido com cinco pontos de apoio no chassi.

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    Rodando, passa mais firmeza sem ser desconfortável, elimina a sensação de flutuação em alta velocidade e dá mais controle em curvas.

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    Na outra extremidade do chassi está o novo motor 2.3 quatro cilindros biturbo diesel. Gera 190 cv como o antigo 2.5 turbodiesel e praticamente o mesmo torque: são 45,9 mkgf a 2.500 rpm contra os 45,8 mkgf a 2.000 rpm do antigo.

    Motor 2.3 tem 190 cv e 45,9 mkgf; desenvoltura na lama é boa
    Motor 2.3 tem 190 cv e 45,9 mkgf; desenvoltura na lama é boa (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Além de ter dois turbocompressores sequenciais – um pequeno para baixas rotações e um maior para alto giro -, ele usa corrente de comando, mais durável que correia dentada.

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    Além disso, agora o proprietário poderá fazer a regeneração do filtro de partículas (DPF) do sistema de escape sem que seja necessário ir a uma concessionária com o motor em modo de segurança.

    A transmissão também muda. Sai o câmbio automático de cinco marchas para a chegada de um de sete com trocas sequenciais na alavanca, que o antigo não tinha. Seria ótimo se não se comportasse como um câmbio com menos marchas: estica as relações mais do que deveria e é lento na hora de reduzir para uma retomada, ultrapassagem ou para encarar uma subida mais íngreme.

    Painel lembra o do Sentra, mas com plásticos de qualidade inferior
    Painel lembra o do Sentra, mas com plásticos de qualidade inferior (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Outra questão que não agrada é a demora do motor para responder aos pedidos do acelerador, principalmente ao sair da imobilidade: a sensação que passa é a de que há algo muito pesado na caçamba (por sinal, protegida por um robusto revestimento químico) prendendo a Frontier.

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    A direção hidráulica pesada só corrobora com essa sensação. É o oposto do que se tem em carros de passeio.

    Ainda assim, quando embala a Frontier anda com gosto: cravou 10,8 segundos no 0 a 100 km/h em nosso teste de pista – tempo de um Hyundai Creta 2.0. Não é lenta como parece.

    Nos equipamentos, a Frontier melhorou bastante. A versão LE equivale à antiga SL e tem bancos com revestimento tipo couro, central multimídia, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, ar digital bizona com saídas traseiras, controles de estabilidade e tração, assistente de descida, banco do motorista com ajuste elétrico e os dianteiros aquecidos, faróis full led e partida sem chave.

    A versão única LE traz bancos de couro, aquecimento nos assentos dianteiros e partida sem chave
    A versão única LE traz bancos de couro, aquecimento nos assentos dianteiros e partida sem chave (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    De fato, a Frontier se aproximou do Sentra em muitos aspectos, como a dinâmica e o conforto. Mas só tem dois airbags e faltam encosto de cabeça e cinto de três pontos para o terceiro ocupante traseiro.

    Diante de suas rivais já bem conhecidas, ela aposta no preço (mais baixo que as concorrentes top de linha) e no comportamento equilibrado tanto no asfalto como fora da estrada. Saberemos logo mais se isso é suficiente.

    Atrás, o assento é baixo e curto, e há o incômodo porta-copos sobre o túnel do assoalho
    Atrás, o assento é baixo e curto, e há o incômodo porta-copos sobre o túnel do assoalho (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Teste de pista (com diesel)

    Ficha técnica – Nissan Frontier LE

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