A inspiração no estilo futurista do Range Rover Evoque fez bem a esta segunda geração do Range Rover Sport, lançada em 2013.
Agora, em sua reestilização de meia-vida, ele se espelhou no Velar tanto para atualizar a carroceria (repare na trama da grade, nos elementos internos dos faróis e nas tomadas de ar maiores) como para modernizar seu interior.
O console central foi tomado por duas telas de 10 polegadas cada uma. São as mesmas do irmão menor: a superior é a tradicional central multimídia (sem integração com Android Auto ou Apple CarPlay) e comanda funções do veículo, enquanto a inferior substituiu todos os botões do ar-condicionado e o seletor dos ajustes de funcionamento do sistema de tração – exceto o modo automático, acionado apenas pelo enorme botão giratório à frente da alavanca de câmbio.
Com três telas, o interior sóbrio ganhou ares tecnológicosAinda há uma terceira tela, de 12,3 polegadas, para o quadro de instrumentos configurável. E vale dizer que os comandos do volante podem ser pressionados ou tateados.
Para aumentar o volume, por exemplo, pode-se deslizar o polegar ao redor do círculo, como se fazia nos primeiros iPod.
E a função dos botões podem mudar de acordo com as informações exibidas no quadro de instrumentos.
Algumas tecnologias não são tão úteis assim. É o caso do comando por gestos para abrir e fechar a cortina do teto panorâmico.
Os velhos botões não foram abolidos, mas passar a mão próximo ao teto no sentido do comando desejado faz sucesso com nove em cada dez passageiros.
Todos esses equipamentos estão no Range Rover Sport SE, versão de entrada que custa R$ 440.211, já com bancos dianteiros com ajuste elétrico, sistema de som Meridian, geladeira no console central, assistente de permanência em faixa, rodas de 21 polegadas e porta-malas com abertura elétrica.
Até a suspensão pneumática com amortecedores adaptativos, que controlam as reações da carroceria em tempo real, é de série.
É um pacote tão interessante que a Land Rover espera por uma queda de interesse na versão HSE, de R$ 488.229.
Independentemente da versão, o motor é o V6 3.0 turbodiesel de 306 cv e robustos 71,4 mkgf de torque, bem aproveitado pelo câmbio automático de oito marchas ZF.
No nosso teste, mostrou equilíbrio entre desempenho e consumo: fez 8,6 s no 0 a 100 km/h, 2 s a mais que um Audi Q7 TDI, mas igualou com o alemão os 10 km/l em ciclo urbano.
Na estrada, porém, fez 12,5 km/l contra 13,9 km/l do Q7.
Quem não se importar com o consumo pode optar pela versão SVR, de R$ 739.600, com motor V8 5.0 a gasolina de 575 cv.
A fábrica só anuncia o desempenho: 0 a 100 em 4,5 s, o mesmo tempo do Mustang GT.
Veredicto
Porta de entrada dos Range Rover, a versão Sport SE traz tudo o que se espera de um SUV desta faixa de preço. E ainda tem a força de sobra do motor diesel.
Teste de pista
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,6 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 29,7 s – 177,7 km/h
- Velocidade máxima: 209 km/h
- Retomada de 40 a 80 km/h: 3,6 s
- Retomada de 60 a 100 km/h: 4,5 s
- Retomada de 80 a 120 km/h: 5,8 s
- Frenagens de 60/80/120 km/h a 0 m: 17,3/30,1/72,7 m
- Consumo urbano: 10 km/l
- Consumo rodoviário: 12,5 km/l
Ficha técnica – Land Rover Range Rover Sport SE
- Preço: R$ 440.211
- Motor: diesel, dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em V, 24V, turbo, injeção direta, 2.993 cm3; 306 cv a 4.000, 71,4 mkgf entre 1.500 e 1.750 rpm
- Câmbio: automático, 8 marchas, tração integral
- Suspensão: Duplo A (diant.) / multibraço (tras.)
- Freios: disco ventilado
- Direção: elétrica, 12,6 m (diâmetro de giro)
- Rodas e pneus: liga leve, 275/45 R21
- Dimensões: comprimento, 487,9 cm; altura, 180,3 cm; largura, 207,3 cm; entre-eixos, 292,3 cm; peso, 2.178 kg; tanque, 86 l; porta-malas, 780 litros