Por Péricles Malheiros
59035 km
Primeiro, queimou a lâmpada do farol baixo do lado direito, aos 58 429 km. Depois, aos 58 610 km, foi a vez da lâmpada do farol de neblina. Ficamos preocupados com que algo mais grave estivesse acontecendo e pedimos à autorizada uma verificação do sistema elétrico.
Dessa vez, decidimos averiguar a qualidade dos serviços de uma concessionária do interior de São Paulo, a Automec, de Indaiatuba, a 110 km da capital. Deixamos o carro explicando apenas que as lâmpadas haviam queimado quase que simultaneamente e tínhamos medo de um curto-circuito. O consultor nos tranquilizou dizendo que faria um exame minucioso e que, por via das dúvidas, faria uma varredura eletrônica com o scanner. “Se tiver algo errado, vamos descobrir e reparar”, disse o consultor. Após 45 minutos, o carro foi liberado com as lâmpadas substituídas. “Pode ficar tranquilo, escaneamos o seu carro e está tudo bem com ele. A queima das duas lâmpadas quase ao mesmo tempo foi só uma coincidência”, afirmou o consultor, apresentando uma conta de 86 reais – 48 reais pela lâmpada do farol baixo, 21 pela do farol de neblina e 17 da mão de obra.
Além da viagem pelo interior paulista, o Agile deu uma passadinha no litoral. Nas mãos do fotógrafo Renato Pizzutto, o hatch passeou pelas praias de Ubatuba. Dessa viagem, o carro voltou com a bagagem e os elogios de Pizzutto: “É a segunda vez que viajo com o Agile. Carrego muitas malas, além de uma prancha de surfe. Como o banco do passageiro dianteiro reclina para a frente, ela viaja dentro do carro”.
Agora o Agile roda seus últimos quilômetros rumo ao desmonte. Ele passará ainda pelo rito de despedida, que inclui a simulação de venda, as últimas impressões do nosso consultor responsável pelo desmonte, Fabio Fukuda, e o teste final, em nosso campo de provas, em Limeira.
Primeiro, ele fechou um olho: aos 58 429 km, a lâmpada do farol baixo do lado direito queimou; depois, foi a vez de o farol de neblina se apagar, aos 58 610 km